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  • De bixete à jornalista: parte 7 (TCC de Jornalismo)

    E cá estou eu no último ano da faculdade. Já se passaram mais de três anos desde que eu comecei a estudar Jornalismo (e eu contei tudo pra vocês desde o início). Tanto mudou! Eu passei a curtir outras áreas e assuntos, cortei o cabelo, me tornei ruiva, percebi que estava na área certa, fiz dois estágios, comecei a namorar… É, esse período que a gente fica na universidade faz muita diferença. E é inesquecível!

    Como eu já contei por aqui, o curso de Jornalismo dura oito semestres (quatro anos). No final do último, que no meu caso é neste ano de 2015, nós temos que apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso, mas conhecido como TCC. Eu disse no post anterior que iria contar tudo direitinho para vocês e, como promessa é dívida, cá estou eu. Essa é a parte mais temida da faculdade, então acho que vai ajudar bastante quem quer fazer o mesmo curso que eu, né?

    TCC de Jornalismo: o que é, como fazer e dicas

    No TCC de Jornalismo você precisa exercitar o que aprendeu nos quatro anos, afinal é o que os professores da banca vão avaliar, né? Então, em Jornalismo, nós alunos precisamos escolher um tema e o formato que vamos abordá-lo. No caso, se ele vai ser um jornal impresso, um livro, uma revista, uma monografia (defender alguma tese), um site, em formato de vídeo (reportagem ou documentário) ou de áudio (podcast, programa de rádio, etc).

    Uma das coisas que o professor pede é para delimitar o tema, deixá-lo o menos “abrangente” possível. Por exemplo: você quer falar sobre moda. Ok. Mas o que de moda? Esse assunto envolve muitas coisas, como história da moda, estilo da sua região, revistas, blogs… É um leque imenso de assuntos dentro deste tema.

    Vou citar uma colega que fez sobre fotografia da revista Glamour. Ela poderia ter escolhido revistas de moda, ou fotografia nas revistas de moda ou até mesmo contar a história da Glamour. Mas ela delimitou bem o tema, entendem? Quanto mais limite, melhor pra você. Primeiro por se tornar mais fácil lidar com todas as pautas, entrevistas, etc. E segundo por tornar seu trabalho ainda mais único. Afinal, TCC é portifólio e abre muitas portas, viu? É importante ter isso em mente.

     

    • COMO ESCOLHER TEMA E FORMATO DO TCC DE JORNALISMO?

    Como eu disse, seu TCC pode abrir portas no mercado de trabalho. Por isso é essencial que, além de ser bem feito, você aposte em um assunto e um formato que gosta. Não é obrigatório, claro, pois cada caso é um caso, mas é uma dica que vai te ajudar em todo o ano.

    Se seu foco é trabalhar em revista, tente focar neste formato. Assim, quando enviar seu currículo, você pode usar seu TCC de Jornalismo como portfólio e dizer: olha, eu já fiz um trabalho neste estilo, meu texto é dessa forma e eu sei fazer direitinho. É um jeito de se destacar entre tantos candidatos, principalmente se é seu primeiro emprego na área.

    Não se esqueça que você vai ficar o ano inteiro focado no tema, lendo tudo que for possível e respirando-o em todos os momentos. É por isso que você precisa escolher um tema que tenha afinidade, que goste e que, mesmo nos momentos difíceis, você não ache um saco ler sobre aquilo. O mesmo vale para o formato. Se você tem facilidade com TV, aposte. Melhor do que fazer um jornal, por exemplo, caso não curta o estilo e não tenha afinidade com ele.

    • O QUE EU PRECISO PARA FAZER O TCC?

    Eu estou no começo do meu TCC ainda e pretendo fazer um post mais completo futuramente, mas achei importante adiantar este tópico. O trabalho vai exigir muito de você, principalmente tempo. Em alguns será necessário pesquisa na rua, dados difíceis de conseguir, contatos com pessoas distantes, viagens, etc. Um TCC de Jornalismo necessita de entrevistas, certo? E pessoalmente é bem melhor. Se for formato de vídeo, então, nem tem como driblar com Facebook, Whatsapp e Skype. Vale pesar isso na escolha do estilo, também.

    TCC de Jornalismo requer muita leitura, pesquisa e você precisa entrar de cabeça no tema escolhido. Por mais que você entenda daquilo, sempre é bom conhecer mais. Então, se você já souber o que quer fazer, adiante-se. Mesmo que esteja no segundo ou terceiro ano, já leia sobre o assunto, crie uma pasta no computador com links importantes, etc. Quando tiver um tempo livre, leia um pouquinho. Quanto mais adiantar, melhor e menos trabalho no último ano.

     

    • EM GRUPO OU INDIVIDUAL?

    Na Universidade em que estudo, você pode escolher fazer sozinho ou em grupo – exceto para trabalhos de vídeo que requer, no mínimo, dupla. Eu, Juliana, não faria um TCC sozinha porque gosto de ter alguém para me ajudar, pra puxar minha orelha quando algo estiver errado e, claro, dividir as frustrações.

    Também coloque na balança outro item importante: gastos. Alguns trabalhos, como revista, exigem um orçamento maior, então já pesquise antes quanto sai a impressão, por exemplo. Ter mais pessoas te ajudando pode ser uma ótima saída se você não tem tanta grana pra gastar.

    Grupos de trabalho na faculdade sempre dão problema, né? A diferença é que você pode mudar no próximo bimestre. No TCC a coisa é mais embaixo, como diria minha mãe. Acontece que o tempo vale ouro… Mudar de grupo no começo do ano é uma coisa. Outra, bem diferente e pior, é trocar lá pra agosto, quando as coisas já deveriam estar quase prontas. Entendem?

    É importante escolher pessoas que, além de gostar do mesmo tema, também tenham uma boa relação com você. E quando eu digo isso, não me refiro aos amigos, nem ao pessoal que você vai pra balada e pro bar. Estou falando daquelas pessoas que trabalham bem em grupo, que são boas no que fazem e no que você espera pro TCC.

     

    • E O ORIENTADOR?

    Depois de tema, formato e grupo escolhidos, você precisa de um professor-orientador. Ele estará ajudando você e sua equipe no decorrer do ano, corrigindo os textos, dando dicas, aconselhando… Fazendo uma comparação, ele seria seu chefe no trabalho, sabe?

    É importante que você escolha um professor que entende da área que vocês vão abordar. Por exemplo: se o TCC de Jornalismo for formato de vídeo, escolha aquele que te deu aula de Telejornalismo. E claro: assim como no grupo, opte pelo professor que você tem afinidade. Assim fica mais fácil lidar com as broncas durante o ano, né? haha.

     

    • SOBRE O MEU TCC

    Como eu disse no post anterior, já estou com tema, formato, grupo e orientador definidos. Eu prometi contar em um post especial e acho que chegou a hora. Que rufem os tambores…

    Meu TCC de Jornalismo será sobre a descriminalização do aborto. Meu grupo, formado pela Danny, o Gui (meu namorado) e eu, resolvemos fazer um site sobre o tema. A ideia é implantar a discussão, contar histórias de mulheres que já fizeram e fazer um panorama de como este assunto é tratado no país. Queremos deixá-lo mais “humanizado”, trazer o tema sem ser em páginas policiais, entendem?

    Sabemos que será difícil pela polêmica em torno do tema. Mas queremos isso mesmo, desmistificá-lo, mostrar que, mesmo proibido, ele acontece e mata muitas mulheres por ano. E principalmente: você ser contra não deve impedir alguém de fazer. Afinal, eu posso achar que aquele ser dentro de mim é uma vida, mas não posso te obrigar a pensar o mesmo. E não posso colocar a vida de outra mulher em risco porque eu, rainha do mundo, quero. A mulher precisa ter opção, escolha. Se ela quer ter ou tirar só depende dela. Basicamente, é esta a mensagem que queremos passar com nosso TCC.

    Aproveitando, o TCC de Jornalismo acabou sendo algo a mais na minha vida. Agora com ele, o trabalho e a faculdade, meu tempo livre ficou ainda menor. Por isso, o Julie de Batom pode ficar menos atualizado do que eu gostaria. É chato, eu sei, e sofro muuuito com isso. Mas são só alguns meses e passam super rápido. Logo logo eu estou aqui, formada, e com a programação normal – e ainda melhor – no blog, viu? <3

    Agora quero saber de vocês: curtiram o post? Quem aí já fez um TCC? Comentem aí! E podem deixar perguntas sobre a faculdade, pois quero trazer um post especial com as dúvidas dos leitores 😉

  • 5 motivos que me fizeram escolher Jornalismo

    Motivos para escolher Jornalismo
    Estou no quinto semestre do curso de Jornalismo. O quinto. De oito. Metade do curso já se passou e, às vezes, ainda me sinto como aquela bixete no primeiro ano, cheia de expectativas, medos e ansiedade. Incrível como aprendi tanta coisa desde que resolvi escolher Jornalismo e como descobri que ainda tenho muito, mas muito mesmo, a aprender. E o legal é que a profissão que escolhi tem muito a ensinar. Deu certinho!Já falei muito sobre o curso aqui no blog (leia os posts) e tenho muito o que falar, ainda. Mas percebi que nunca contei os motivos que me fizeram escolher Jornalismo. Enquanto estava pensando em um tema para meu outro blog, o 5 Motivos (conheça!), me veio a ideia de contar o que me fez escolher ser jornalista. Como sei que muitos leitores sonham em seguir essa profissão, nada mais justo que contar os motivos que me fizeram entrar nela. Quem sabe inspira vocês aí que estão indecisos?

    5 motivos que me fizeram escolher Jornalismo

    1. Escrever é minha maior paixão. Eu escrevo desde que me entendo por gente. Sempre fui daquelas amigas que adorava deixar recadinhos nos cadernos, que se empenhava em fazer um texto legal para mandar em depoimento no Orkut e que dava um jeito de romantizar até as coisas mais simples. Quando ganhei meu primeiro computador, a escrita se tornou ainda mais parte dos meus dias. Daí nasceram minhas fanfics, meus blogs e tudo o mais que escrevi nesses últimos anos.

    Quando “precisei” escolher um curso na faculdade, sabia que ele seria algo com relação à escrita. Não me enxergava fazendo outra coisa, apesar de curtir muitas áreas (como design para web e fotografia). Fui atrás dos cursos que me proporcionavam esse contato com a escrita e acabei chegando a vários, mas nenhum me chamava atenção. Aí resolvi escolher Jornalismo, que tem tudo o que sempre gostei. Mas isso é assunto para os próximos tópicos, tá?


    2. Ajudar alguém mesmo sem saber a quem. Eu adoro ser útil e acho que o blog nasceu dessa vontade de querer ajudar, também. É incrível a sensação de ver alguém usando algo que você criou ou ler uma mensagem de uma pessoa que se sentiu bem após ler um texto seu, que ele a ajudou em uma hora difícil e coisas assim.

    Quando resolvi escolher Jornalismo, vi a possibilidade de fazer isso, mesmo que não conhecesse o leitor/espectador e mesmo que não houvesse um feedback. Quando escrevo uma reportagem, indiretamente, estou ajudando alguém. Pode ser um tema que não é útil para você, mas para uma pessoa que passa por tal momento, aquele texto pode significar uma solução. E não é incrível saber que, mesmo de longe, você marcou a vida de alguém?


    3. Tudo o que gosto em uma só profissão. Como eu disse, eu sempre amei escrever. Porém, além dessa paixão, eu tenho outras, também. Entre elas estão fotografia, internet, maquiagem, moda, livros, séries, música, decoração… São tantas coisas que, no fundo, se eu fosse escolher só um assunto para trabalhar durante toda minha vida, eu nem saberia com qual ficar.

    O legal é que o Jornalismo me proporciona isso: eu posso falar sobre qualquer assunto, tanto os que gosto quanto os que não gosto, e posso aprender coisas novas. Além disso, há outra paixão que sempre tive e que influenciou na minha escolha: revistas. Desde pequena, sempre curti as revistas. Ficava maravilhada com as fotos e com os textos. Então, nem preciso dizer qual meu sonho de trabalho, né? haha.

    4. Contato com outras pessoas e outras realidades. Eu era uma criança muito, muito tímida. Mas também muito, muito curiosa. Sempre tive curiosidade para conhecer e entender as coisas e as outras pessoas. Sou assim até hoje: adoro ser ouvinte quando um amigo precisa desabafar ou contar algo importante. Isso é algo que tento levar sempre para as entrevistas que faço. Afinal, o foco é o entrevistado, não o entrevistador, certo?

    Também gosto de saber a história por trás de cada pessoa e conhecê-las. Nesses três anos de curso, já conheci muitas pessoas por conta da faculdade e das entrevistas. Algumas eu não tenho contato, mas elas me ensinaram muito. Conhecer novos rostos, novas histórias e realidades diferentes das minhas são coisas que nos mudam bastante. Além disso, cada pessoa leva consigo uma história de vida, às vezes boa, às vezes ruim. E poder contar essa história é algo tão emocionante! Afinal, como repórter, estou gravando um pedaço da vida de alguém em um lugar onde, no futuro, outra pessoa vai conhecer!


    5. Rotina? Que isso? Ok que as formas de fazer Jornalismo não mudam. Você tem horário para entrar, pessoas de sempre na redação e as maneiras de ir atrás e escrever uma matéria. Mas nem por isso os dias são sempre iguais! E isso é algo que eu adoro na profissão, porque não suporto quando as coisas caem na rotina, sabem? Hoje posso fazer uma matéria sobre, sei lá, uma descoberta científica, e amanhã posso estar entrevistando uma pessoa super famosa. Entendem? São essas mudanças que eu adoro. E isso também abrange o item anterior, sobre conhecer pessoas, histórias e realidades diferentes.

    Agora quero saber de vocês: qual profissão querem seguir? E quais foram os cinco motivos que fizeram vocês escolherem tal área? Comentem aí!