Muitas leitoras me procuram via redes sociais para tirar dúvidas sobre blogs ou até perguntar se o nome ou o layout de suas páginas estão bons. E foi me inspirando em todas essas mensagens que criei o projeto Up. Vocês, que também têm blogs, vão amar!
O Projeto Up vai funcionar assim: todo mês vou trazer dois posts com dicas para blogs. Elas vão englobar dicas para criar e manter seu cantinho, dicas de design, tutoriais e, se tudo der certo, dicas e depoimentos de blogueiras mais experientes. A ideia é ajudar a todas vocês com seus blogs. E, claro, melhorá-los sempre!
Como eu não queria que o primeiro post fosse só uma apresentação, resolvi unir o útil ao agradável e começar com o primeiro tópico, super básico e clichê, mas que muitas blogueiras ainda têm dúvidas.
O INÍCIO DO BLOG
Começar um blog não é só escolher sua hospedagem e fazer o domínio. Para quem quer seguir adiante com o cantinho, há algumas dicas que facilitam – e muito! – nossa vida na internet. Principalmente quando não temos noção do que falar, como abordar o tema e que, em muitos casos, qual nome escolher.
PRIMEIRO PASSO: A ESCOLHA DA PLATAFORMA
Antes de tudo: o que é plataforma? Bom, a plataforma é onde todos os arquivos (imagens, vídeos, posts e etc) do seu blog serão guardados. Ela vai armazenar todo o conteúdo que você colocar na sua página, como se fosse uma pastinha com tudo o que você criou dentro. E, ao digitar o endereço do seu blog (por exemplo, juliedebatom.com), você “abre” essa pasta. Para vocês entenderem melhor, a plataforma é a pasta em si e o domínio, o nome dela.
Qual escolher?
Há duas plataformas que são as mais populares: o
Blogspot e o
WordPress. Ambos são gratuitos e já te fornecem o domínio (no primeiro caso, ele fica nomedoblog.blogspot.com e, no segundo, nomedoblog.wordpress.com).
No começo, quando criei o Pronta para Crescer, eu usava o WordPress. Apesar de preferir ele, aconselho que comecem pelo Blogspot. Além de ser mais simples, ele é mais fácil de personalizar (afinal, usa o HTML em seus layouts) e até de gravar o nome. Lembro que era uma complicação para fazer a pessoa entender o “wordpress.com”.
O WordPress usa o PHP, que é uma linguagem de programação mais complicada. Por isso, quem não manja muito de códigos, vale ficar no Blogspot. O bom do WordPress é que nele há várias opções de plugins e dá para criar mais funções. Porém, é preciso entender um pouco de linguagem PHP.
SEGUNDO PASSO: A ESCOLHA DO NOME
O nome do blog é a primeira impressão que fica. É lendo o endereço que a pessoa vai decidir, no primeiro momento, se visita ou não. Por isso, além de ter um nome que resume o conteúdo do blog, é bom escolher um bem diferente e pessoal.
Nada de muita inspiração: Isso já te faz riscar da lista qualquer ideia com “quinze”, “just”, “depois dos”, “le blog de” e coisas que lembrem outros blogs famosos. Não é nada legal perceber que a blogueira copia (ou se inspira) em um blog conhecido até no nome, né?
I speak English, but…: Outro item que vale destacar é o nome do blog em inglês. Nem todo mundo conhece o idioma e, às vezes, nem a gente sabe pronunciar. Por isso, se quiser usar alguma palavra gringa, opte pelas fáceis (como
be, by, girl, only, etc). Eu prefiro os nomes em português (até por ser mais fácil de gravar), mas não acho que seja uma regra criar endereços só em nossa língua, né? O
Just Lia tá aí pra provar isso!
Assim não deu, mas aaaaaaassim dá: Há, também, alguns blogs que parecem querer testar nossa memória. Estes colocam no link letras repetidas ou, até, em exagero. Exemplos bobos como muuuundodajulie ou eueomundoeoespelho mostram o que quero dizer. Quanto mais fácil – e menos poluído – o nome for, melhor.
Simplicidade, sempre: Por isso, quanto mais simples, reduzido e fácil for o nome do seu blog, melhor. Tente colocar nele indícios dos assuntos que serão abordados. Tente não usar aqueles “pré-definidos”, como “eu e eu mesma”, “mundo da fulana” ou “amo moda”. Seja criativa e tente fugir do comum.
TERCEIRO PASSO: O QUE POSTAR?
Eu sou a favor do blogueiro só postar sobre assuntos que ele entende, gosta ou curte ler artigos a respeito. É super chato você entrar em um blog de, por exemplo, fotografia e o dono kibar posts de sites famosos. Acho que blogs servem para, antes de tudo, mostrar a opinião do autor.
Por isso, escolha assuntos que você curte. Se gosta de decoração, fale sobre decoração. Você pode abordar outros temas que gosta, mas tente se focar em poucos e deixe os outros como um plus. Acredite: os leitores vão se lembrar do seu blog sempre que quiserem ler sobre, como citei no exemplo, decoração. Mesmo que seu blog fale sobre culinária, fotografia e comportamento.
QUARTO PASSO: CUIDADO COM A ESCOLHA DO CONTEÚDO
Copiar outros sites e blogs não é nada legal. Como eu disse, gosto de blogs onde o autor deixa sua opinião e sua personalidade nos posts. E, só para reforçar: não existem blogs que se dão bem por aí copiando as matérias da Capricho, né?
Isso não te impede de pesquisar para conhecer o assunto. Mas, leia os artigos, guarde as informações e anote as mais importantes. Depois, fale sobre aquilo que se encaixa ao público do blog e, claro, com a sua visão e seus gostos. É assim que os leitores começam a se identificar e, consequentemente, voltar à sua página.
E lembre-se sempre: tenha o mínimo de erros gramaticais. Não tem nada mais chato que entrar em um blog e ver posts com milhares de erros de português. Ninguém é perfeito e ninguém engoliu uma gramática nem um dicionário. Mas o Google está aí para tirar as duvidas, né? E todo mundo o usa naquela hora onde a gente não sabe se é com s, com ss, com c ou com ç.
QUINTO PASSO: BLOG CRIADO, CADÊ FAMA?
Ok, o título é idiota e o tema iria ficar para depois. Mas sei que muitas pessoas por aí visitam o Depois dos Quinze, o Just Lia, o Le Blog de Betty, o Borboletas na Carteira, entre outros, e vão correndo criar um blog para ganharem mimos, cinco mil amigos no Facebook e fãs. Se você é uma delas, há duas opções: desistir do blog ou desistir da fama.
Eu vejo o blog como um diário que eu personalizo do meu jeito e ilustro com imagens. Também o vejo como uma revista – o que me faz querer que ele esteja sempre ok com o design e com a gramática. Quando a gente enxerga nossa página assim, de um jeito pessoal, começamos a postar quando sentimos necessidade. Cuidamos dele como uma via de desabafar ou falar sobre algo que curtimos. E não como uma via de perfil lotado no Facebook.
Por que estou falando isso? Porque fama não chega do dia pra noite. E, mesmo que chegue, não vale tanto quanto as 50 visitas diárias – mas sinceras e prestativas – que ganhamos no começo. Eu agradeço sempre àqueles que visitam o JDB e vibro a cada novo curtir no Facebook e a cada comentário no blog.
Uma vez, quando a fanpage do blog completou 1000 curtidas, foram no meu Ask “me zoar” porque eu ficava feliz por “pouco”, enquanto outras páginas tinham 10x mais. No fundo, nem me importei muito, pois nunca imaginei que, um dia, chegaria aos 100 leitores. Quem diria aos 1000? E acredito que essa é a diferença entre quem faz blog por amor e quem faz blog por fama, dinheiro e mimos. O primeiro não se importa com números, mas com atenção e carinho. O segundo já é bem ao contrário.
Isso acaba refletindo até nos leitores: outro dia vi alguns comentando em um blog aí com perguntas de quando seria o próximo sorteio. Comecei a ler e a refletir. Aí passei as páginas do tal blog e li os posts. 90% era divulgação de lojas e sorteios. Os outros 10% eram posts superficiais, do tipo que tem mais imagens do que conteúdo próprio.
Onde quero chegar com esse item (que é o maior de todos)? Não crie uma conta só por ter números. Crie porque você sente necessidade de compartilhar seu mundo, sua personalidade e seus gostos. Porque, quando a gente faz por amor, as coisas fluem melhor. E, sabe? Até transparece no modo de postar e divulgar, na atenção que você dá aos leitores, no quanto você se importa com as atualizações e o quanto você leva seu blog a sério.
DEPOIS DAS DICAS…
Seu blog está pronto para ir ao ar. Pelo menos, teoricamente. Nos próximos capítulos do projeto, vocês vão conferir ideias de layouts, tutoriais e dicas para divulgar o blog. Não percam!
Agora quero saber de vocês: curtiram a ideia do Up? Têm alguma sugestão para as próximas postagens? Conta pra gente!