Category: Textos

  • O momento em que a gente cresce

    Crescer é um acontecimento inevitável da vida. Não digo somente no físico, como também sentimental. Nós passamos por momentos que nos ensinam como levar os dias, como agir em certas circunstâncias, entre outros. Porém, olhando para trás, a gente nunca percebe. E nunca sabemos quando isso tudo começou.
    A verdade é que não há um momento exato. Nós crescemos aos poucos, sem pressa. Tratando-se do corpo, a parte mais perceptível, nós conseguimos enxergar as mudanças. E lá no fundo, no coração, é onde tudo acontece de verdade. E é a parte em que nós (e muito menos os outros) menos compreendemos. 
    Não há como dizer que passamos a amadurecer em certo ponto. Não há um dia. Um mês. Um ano. As coisas acontecem devagar. São momentos da vida que nos tornam como somos e vai acumulando através do tempo. E acredite: você pode continuar baixinha daqui em diante. Mas seu interior continua mudando. Sempre.
    Foi após refletir sobre meus dezoito anos que cheguei a essa conclusão. Nós vamos estar em fase de aprendizagem para o resto da vida. Vamos continuar crescendo aos poucos. E, ao olhar para trás daqui alguns anos, iremos perceber o quanto mudamos. Novamente.
  • Quando a ficha cai

    Estava quase indo dormir quando, sem querer, olhei para o contador de visitas do blog. De repente, não sei bem o motivo, me deu uma vontade louca de sorrir. De sair dançando por aí. De pular. De cantar qualquer música feliz ou assoviá-la enquanto arrumava a cama para mais uma noite de sono. Mas eu não poderia ir me deitar agora… Não sem vir aqui e publicar este post.
    Nunca na minha vida eu pensei que chegaria a mais de 92 mil visitas no blog. Quando comecei, era apenas uma garota tímida procurando um lugar para desabafar e mostrar ao mundo que tinha sentimentos como todos. Nunca pensei chegar onde estou… Na verdade, nunca imaginei que, algum dia, estaria fazendo um post como esse.
    Incrível como sou péssima com as palavras quando preciso delas. Nada, repito, nada que eu escreva aqui pode transparecer a felicidade que me encontro no momento. Eu não posso ir dormir hoje sem agradecer a cada um de vocês que estão entre os mais de 92 mil cliques no JDB. Eu não posso encostar minha cabeça no travesseiro sem, antes, dar um abraço virtual em cada um que passou por aqui. E principalmente aos que passaram e voltaram.
    É com um sorriso bobo no rosto que agradeço a cada um de vocês por tudo. Tudo mesmo! Não sei como agradecer, então a única alternativa é fazer do jeito que faço sempre: escrevendo. E hoje me dei conta de como isso tem mudado minha vida… De como passei por problemas através dos meus textos, de como tomei decisões através dos comentários de vocês e de como eternizei momentos através dessas páginas. Hoje parei para analisar como minhas palavras me fizeram bem durante esse tempo que tenho o blog. Somente hoje me dei conta de como o que faço é valorizado, mesmo com algumas críticas aqui e ali… Somente hoje me dei conta de que, quando é feito com amor, tudo dá certo. E espero que continue funcionando por muito tempo.
    Obrigada por tudo, leitores e seguidores do JDB! Aqui fica meu agradecimento, meu carinho e mais um texto para eternizar um momento super especial <3
    Com amor,
    Julie.
  • A longa estrada

    A vida é como uma estrada… Nós vivemos num caminho longo, cheio de barreiras, buracos e pedras. Começamos a percorrê-lo a pé, sem usar qualquer calçado. Aos poucos vamos percebendo como machuca. Nossos pés ficam desgastados, cheios de feridas. E aprendemos a primeira lição: nos proteger do que dói.
    E então, chegamos às subidas. Elas são cansativas e acabam com a gente aos poucos. Tentamos evitá-la, procurar um caminho melhor, mas nada adianta: temos que passar por elas. E aprendemos a segunda lição: chegar ao topo, mesmo depois de tanto esforço, é a melhor sensação do mundo.
    De repente, o dia se vai e a escuridão aparece. Na primeira vez que ficamos no escuro, é como se a luz nunca mais fosse ressurgir. Sentimos a brisa fria, a chuva gelada e o vento bagunçar nossos sonhos. A noite é longa. E aprendemos a terceira lição: não importa o quanto demore… O sol sempre vai aparecer.
    Junto com o sol, vem mais uma chance de tentar. Saímos de um dia para entrar em um novo e ganhamos uma nova oportunidade para acertar. E aprendemos a quarta lição: mesmo que seja difícil esquecer nossas falhas, nós sempre teremos uma nova tentativa para arriscar e fazer tudo diferente.
    E por último, mas não menos importante: chega uma hora em que a estrada se torna sombria. Percebemos que percorre-la sozinhos é quase tão assustador quanto esperar a noite passar. Então, começamos a procurar alguém que faça nosso caminho valer algo. Alguém que faça a luz permanecer mesmo nas horas que ela quer se ausentar. Alguém que, segundo nosso coração, estará lá no fim do caminho junto conosco. E aprendemos a quinta e mais relevante lição: não dá para passar por esta vida sem companhia e sem amor.
  • Entrelinhas em vídeo: E se a vida fosse uma foto?

    Já pensou se a vida fosse uma foto? Calma aí, eu não digo uma única fotografia, mas várias… Não seria tudo mais simples poder cortar as partes chatas da vida e ir direto ao ponto? Como seria bom eternizar os momentos felizes e poder jogar fora os momentos tristes… Até as coisas mais comuns da sua rotina se tornariam momentos incríveis. No mínimo seria engraçado, quase tão legal quanto ter super poderes. 
    Mas, pensando bem, você é responsável pelos momentos que você tem. E eles são consequências das suas escolhas. E não seria jogando os momentos ruins fora que isso mudaria. Tudo depende da onde você coloca o seu foco. Claro que não existem garantias ou fórmulas pra que tudo funcione. 
    Então como saber qual o caminho certo a seguir? Na realidade, isso eu não sei. O jeito é arriscar, confiar na nossa intuição e talvez até contar com a sorte. Acho que essa é a grande brincadeira da vida. E se por um acaso você se sentir perdido, lembre-se que você não está sozinho nessa. Basta olhar para os lados. Uma coisa é certa: o tempo passa e quando você estiver folheando o seu velho álbum de fotos é que você vai saber quais os momentos que realmente valeram a pena. 
    E aí, como vai ser a foto do dia de hoje?

    Sobre o autor do vídeo:
    Gustavo Horn é dono o canal GusHorn no Youtube, onde posta seus vídeos, curtas e vlogs. Ele também desenha, filma e cria. 
    Conheçam mais sobre o trabalho dele: Youtube | Fanpage no Facebook | Twitter | Blog.
    E vocês? Curtiram o post? Conta pra gente!
  • O que fazer

    Tell me what to do about you…
    Esse é o único pensamento vagando em minha mente agora. Poderia até dizer que as respostas à essa pergunta preenchem um pouco o vazio que resta. Mas seria mentira. E quando se trata do coração, mentir é errado. Muito errado.
    Sinceramente, não sei mais o que pensar sobre você. Sobre nós. Se é que existe um “nós” nesta história. Enquanto espero algo de você, escrevo o que sinto em um caderno velho, com a tela do meu celular como única fonte de luz. A única coisas que vejo é a tinta da caneta formando palavras nas linhas de uma folha qualquer. As linhas estão ficando cheias, mas meu pensamento continua em um único caminho. Você.
    Já não sei como agir quando se trata de você. Se te deixo livre, não voltas. E sua falta me atormenta. Se te busco, não correspondes. E a falta de você me atormenta. 
    Não sei o que quer de mim. Aliás, mal sei se você quer alguma coisa. Mas eu sim. Eu quero você.
    Do you think about it? Can you ever change? Finish what you started, make me wanna stay. Tired of conversation, show me something real. Find out what your part is, play it how you feel…
    Eu estou começando a desistir. Não deveria, mas esta batalha não pode ser de uma pessoa só. Queria poder viver o que sinto antes que se acabasse. Mas a vida não é feita somente de paixões. Nem de romances.
    Se algo em você pede por mim, apenas torne minha base mais forte, sustente-a. Ajude-me a ficar de pé e segure meu corpo para continuar caminhando e tentando chegar até você. Dê-me esperanças e não ilusões. Dê-me certezas… Eu estou me apaixonando por você, mas também estou desistindo. Então, por favor, me faça continuar.
    Tell me what to do about you…
    E me diga o que fazer com você. Com nós.
  • As minhas tentativas

    Fiquei uma semana sem te procurar, evitando seu perfil no Facebook, suas fotos nos meus álbuns e as músicas que tanto me lembram você. Tentei te dar espaço e me valorizar. Tentei não correr atrás. E aí, escutei nossa canção. A vontade de te mandar um SMS veio com a mesma rapidez que ficou. Lembrei o motivo para te ignorar, te deixar de lado… E o buraco no peito se formou de novo. 
    Já são quase 3 da manhã e aqui estou eu, cheia de sentimentos confusos como sempre. Ao meu lado, meu celular (com a mensagem para você nos rascunhos) tenta me tirar a atenção. Tento escrever para preencher o vazio que sua falta me deixou… Mas não adianta. Só sei falar de você. De nós. 
    Queria te contar como essa distância está me matando. Porém, ela não é a única culpada: você não ajuda. As mensagens no Facebook que enviei (todas marcadas como visualizadas) e que você não me respondeu. As vezes que tentei me aproximar e você ignorou. Os comentários fofos para outras garotas. Tudo me magoa. E sabe… Dói. Dói saber que todas as lágrimas que derramei foram por você. 
    E o que mais dói é não poder te contar. Saber que você vai fazer o mesmo que fez com as mensagens e as minhas tentativas de ficar por perto. Sei que vai ser só mais um SMS entre tantos não respondidos. Ou mais um não lido. Ele só vai servir para gastar meus créditos, minha paciência e, principalmente, minhas lágrimas.
    Você está se tornando um idiota. E isso dói para admitir também. Ninguém gosta de se apaixonar por um idiota. Mas às vezes é como você age. E não era para ser assim… 
    Só peço que se for para me iludir, pare agora. Você só atrapalha e, quando tenta ajudar… Adivinha? Atrapalha ainda mais. Pare com esses sorrisos para mim. Pare de me fazer achar que sou importante. Pare de me fazer sonhar com você. Por favor. Pare.
    Pare com tudo. E principalmente: pare de ignorar minhas tentativas de ter você. Diga o que está em seu coração. Não fuja desse sentimento… Pare de ser um completo idiota e se toca que eu estou apaixonada por você. Faça algo. Só não finja que essa paixão não existe, porque ela é real. Intensa. E me torna uma completa idiota. Assim como você.
  • Uma caixinha de surpresas

    Cada pessoa leva consigo uma história, um mistério. Nem sempre eles são revelados e, a cada vez que tentamos, nos afundamos mais e mais nesse desafio. Tentar desvendar alguém é como abrir um presente que foi embrulhado com muito capricho – e vários papéis: a gente demora para chegar ao final (ao que, cá entre nós, é o que interessa), corremos o risco de esperar demais – e sofrer uma decepção – e, só para fechar com chave de ouro, o que nos aguarda no final do embrulho ainda pode mudar nossa vida. De qualquer ponto de vista que se olhe.
    Se tentar entender a mente de alguém é difícil, imagine o coração. Ele é a parte do corpo que mais sofre. Não fisicamente. As mágoas se juntam ali no peito, e por mais que a razão grite o caminho certo para continuar, elas insistem em guiar nossas atitudes. As vezes dá certo. Outras, não.
    Ainda há a parte do enigma que tentamos desvendar por nós mesmos. Engraçado essa estranha mania de querer juntar os fatos, não é? Achamos que tudo o que fazem é por alguma razão. Nem sempre. A gente tem essa vontade de querer chegar ao fim do mistério, de saber os motivos por trás das ações… E nos esquecemos que os sentimentos não se baseiam apenas em amor e ódio. Há outros. Vários outros.
    E tanto devaneio, no final, só serve para concluir uma coisa: querendo ou não, nós não somos detetives para desvendar o interior do outro. Cada pessoa é uma caixinha de surpresas e leva consigo um mistério que nem a Agatha Christie poderia escrever – e descobrir. Cada coração é um mundo novo, cheio de prazeres, descobertas e decepções. Não cabe a nós querer dar fim ao caso. Afinal, nós não somos capazes nem de nos entender. Quem dirá (entender) os outros?
  • Peças pelo caminho

    Ao longo da vida, nós vamos juntando peças. Por cada caminho que passamos, descobrimos novas, sempre espalhadas por aí e em locais onde nunca imaginaríamos encontrá-las. Algumas de nada servem e as deixamos para trás. Outras sabemos que, no futuro, vamos precisar para montar o grande quebra-cabeça que é a vida.
    As melhores peças nós encontramos por acaso ou até por surpresa. Elas sempre aparecem na hora em que mais precisamos ou até em momentos onde achamos não encontrá-las mais. Algumas nos surpreendem e mostram ser algo bem diferente do que parecem ser. Elas sempre tem dois lados… E nós nunca descobrimos os dois ao mesmo tempo. Cada um de uma vez. Aos poucos.
    Essas “peças”, para nós, têm outro nome. Amigos. A cada dia, a cada etapa e a cada caminho, encontramos alguns. Nem todos chegam da forma convencional. E sempre são esses que permanecem mais, que lá no fim vão ter um espaço guardado na montagem final do quebra-cabeça. Desse longo quebra-cabeça que é a vida…
  • Uma manhã de inverno

    Eram oito e meia quando acordei aquele dia. O tempo lá fora estava gelado. Era a primeira manhã de inverno.
    Coloquei meu suéter favorito e fui até a cozinha. Bebi um café quente na esperança de aquecer meu corpo em um dia tão gelado. Deu certo. Mas não completamente.
    O vazio dentro de mim se formou pela madrugada. É, eu sonhei com você. Com nós. E doeu. A saudade é enorme e, a cada dia que passa, só consigo pensar em te ver de novo. Em te contar o que sinto. Assim, na próxima vez, você irá sabendo tudo. Sabendo a verdade.
    Abandonei a xícara na pia e voltei a deitar. Desta vez, fiquei no sofá, trocando de canal sem perceber onde realmente estava. Você odiava essa minha mania, lembra? 
    Cansei de mexer no controle e deixei em um canal qualquer. Erro meu. Agora um casal se beijava em frente aos meus olhos. Ele tinha seus traços, a cor do seu cabelo e até usava o mesmo penteado. Posso dizer que seus olhos tinham o mesmo brilho. Pelo menos para mim.
    Impossível segurar as lágrimas quando algo tão forte atravessava meu peito. Essa saudade está me matando aos poucos e queria poder te contar sobre isso. A cada dia, me seguro para não te mandar um SMS ou uma mensagem no Facebook, só para perguntar como você está. Mas não posso. Tenho que te deixar livre. Tenho que te deixar sentindo minha falta. Por mais que isso tudo me mate aos poucos.
    E eu só espero que, ao te encontrar, algo possa ter sido útil nisso tudo. Que se transforme em força, amadurecimento. Em tudo. Desde que, ao te ver, meu coração possa ser menos burro e meu sorriso, menos óbvio.
  • Entrelinhas: Ainda há uma estrela no céu

    Ei, eu sei que seus sonhos se tornaram inalcançados, que aqueles que você chamava de amigos te deixaram e que coração está machucado. Que os dias se tornaram cinzas, as semanas parecem demorar demais para passar e que a dor insiste em te visitar. E que agora que é o momento em que você mais precisa de alguma ajuda, tudo parece estar conspirando contra você. De repente tudo mudou completamente.
    Agora nada parece fazer sentido, porque sua essência foi desvalorizada e aquela pessoa tão importante parece não se importar. O passado começa a interferir em uma grande parte do seu presente, você não sente vontade alguma de fazer as coisas de sempre e agora você parece invisível demais para ser notado. O pior é que tudo aconteceu em conjunto, o que dói ainda mais.
    Você pode achar que não, mas eu entendo perfeitamente como você se sente. As névoas ainda insistem em te cobrir, mesmo que você tente não permitir. As lágrimas começam a brotar de uma hora para outra descontrolavelmente e a única coisa que você consegue pensar é em alguma maneira de acabar com isso. Mas parece ser impossível, já que tudo se tornou quase irreversível.
    Porém as coisas ainda não acabaram. Pelo contrário, elas só estão começando. Afinal, no meio da escuridão do céu há uma pequena estrela que por mais invisível que pareça ser, está ali brilhando. E que você se lembre então que bem no meio dos seus problemas sempre haverá uma luz. Uma luz que nunca te abandonará.
    Quem escreveu esse texto?
    Hélvio Caldeira é leonino, blogueiro e escritor. Escreve para “guardar o que é bom e libertar o que é mal”. É apaixonado por livros, boa música e blogs e ama passar o tempo tirando fotos. Acredita que as palavras movem o mundo e seu sonho é tocar as pessoas com as suas. Hélvio pode ser encontrado em seu blog, onde posta suas crônicas e contos, além do TwitterFacebook e Flickr.