
Confira os capítulos anteriores.

Matt continuava esperando uma resposta. Ansioso. Com medo. E, mesmo assim, seus lábios ainda se repuxavam em um sorriso e seu rosto encarava o meu.
– E então? – perguntou após alguns minutos. Ou segundos. Não sei.
Respirei fundo, tentando entender o turbilhão de pensamentos que passavam por minha cabeça. Senti como se eles tivessem se transformado em um tornado, destruindo tudo por onde passava.
– Matt, eu… – pigarreei, tentando limpar a garganta e sumir com a vontade de chorar. – Eu não sei. – confessei.
Matt continuou ajoelhado e puxou-me para o chão, fazendo-me ficar na mesma altura. Nós dois ficamos ali, ajoelhados na calçada, olhando os olhos do outro por alguns instantes. Finalmente, ele quebrou o silêncio enquanto limpava uma lágrima em meu rosto – lágrima que nem senti quando esta ganhou vida.
– Mandy… – hesitou. – Mandy, eu… Eu sei que fui um idiota. – suspirou fundo e entrelaçou nossos dedos. – Aliás, idiota é pouco. – neguei com a cabeça e ele sorriu, assentindo. – Mas desta vez eu quero fazer diferente. Agora que sei que o que sinto é recíproco, eu não posso te perder. Entende isso?
Assenti e ele sorriu. Eu ainda estava paralisada, entorpecida demais, para usar minha voz. Não sabia onde ela se encontrava.
Matt continuou com seu olhar firme no meu. Apertou minha mão e continuou:
– Eu te amo. – sussurrou. – Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo! Eu queria dizer cada “eu te amo” que guardei nesses últimos anos. Quero que, nos próximos, a gente não precise esconder essa frase. – ele sorriu e, pela primeira vez, tirou seus olhos dos meus. – Não quero que a gente precise guardar todas essas declarações. Você sabe o quanto odeio deixar acumular… – Ele deu um sorriso forçado e eu o imitei.
– Eu te amo. – disse, por fim. – Eu te amo e vou arriscar pular desse penhasco com você. – sorri. – Acho que essa é a definição mais apropriada para nós. Pelo menos, no momento.
– Eu entendo. – Ele voltou a olhar meus olhos e, com um sorriso – desta vez, verdadeiro – completou: – E quero ser seu paraquedas, seu salva-vidas. Quero ser aquele que, caso você cair, você saiba que estarei lá por você. Ou, na pior das hipóteses, que vou pular atrás. – Ele acariciou minha mão e, com a outra, ergueu a caixinha preta com o anel. – Amanda Jones. – Disse, sorrindo. – Aceita ser, e desta vez, de verdade, minha esposa?
– Aceito. – sussurrei, trêmula.
Matt colocou o anel em meu dedo, sorrindo de um jeito que nunca o vi sorrir antes, aproximou nossos rostos e, antes de me beijar, sussurrou outro “eu te amo”. Minha resposta foi tardia demais para ser audível.
Levantamos da calçada, risonhos com a situação, e entramos no pub que, há alguns anos atrás, foi o local do início desta confusão toda. Nós conseguimos sentar na mesma mesa e, rindo, ficamos relembrando alguns momentos da universidade, das nossas saídas e até da nossa vida atual.
E ficamos ali, no local onde tudo começou, tentando começar uma outra fase. A nossa.
3 Comments
Adoreiiii esperando o proximo cap. Beijossaa ©
Alguém me dá um Matt de presente? <3
UAHAHHA amei 🙂 Que fofo, eles dois! Que tudo dê certo!
Esperando o próximo capp 🙂
Besos
http://www.penseicliquei.blogspot.com
Que lindo, amei… Próximo por favor! hehehe 🙂
http://www.caiquemedeiros.com