
Hoje foi um daqueles dias típicos de fim de ano. Organizei o quarto. Limpei a bagunça. Tirei o pó que estava embaixo da cama e encontrei aquelas coisas que a gente só encontra quando não precisa. Dei um fim na sujeira do quarto, do computador e da memória do celular. E por último: do coração.
São nesses últimos dias do ano que eu me fecho para balanço. Coloco os prós e os contras dos doze meses que se passaram e separo tudo aquilo que vou deixar em 2012 e o que vou aprimorar em 2013. É nesta etapa do ano que esqueço as dores e dou prioridade às alegrias. É, também, nesta época do ano que deixo as lembranças tomarem conta. Não por saudade. Mas para ter certeza de que outros anos virão e elas vão permanecer em algum lugar de mim.
A gente tem aquela mania de acreditar na frase “ano novo, vida nova”. Sabe, besteira. Como vi em alguma propaganda na TV, não é o último segundo do ano que deve definir o que vamos ser. Não é às 23h59min do dia 31 de dezembro que vamos escolher que personagem nós iremos dar vida nos próximos 365 dias. Essa escolha tem que ser feita a partir de agora. Neste segundo. Neste minuto.
Não é 2013 que vai mudar as perspectivas, nem os sonhos e nem as esperanças. A gente tem que parar de deixar pra amanhã – ou para o ano que vem – as mudanças que não temos coragem de enfrentar agora. Temos é que parar de sentir aquele frio na barriga ao usar nosso batom favorito. Ou aquela roupa que era tendência há um ano. Temos é que desistir do medo e, acima de tudo, deixar lá embaixo do baú tudo o que falam e pensam sobre nós. E aí, trancar com uma chave e jogá-la fora.
Agora, para esses últimos dias de 2012, estou trancada. De tudo. Sentimentos, novidades e qualquer coisa que resolvi deixar para trás. Deixei alguns amores, poucos medos e mínimas dores em 2012. E ele pode aprisionar tudo isso. Para os próximos doze meses… Bom, ainda não sei bem o que quero. Mas, seja lá o que for, já preparo desde agora. E o resto, o resto eu decido assim que estiver pronta para sair do hiatus e encontrar o mundo. A realidade. E eu mesma.
4 Comments
É difícil Julie, toda essa coisa de ficar adulta, agente nunca sabe o que fazer, e tem medo de deixar de fazer. Ano novo, como você disse, não quer dizer uma vida nova, você não receberá a visita das fadas do futuro e de repente tudo o que você quer que aconteça, acontecerá. Depende de você, apenas! Depende de cada um de nós! Seja a mudança que você deseja!
Beijos
Um feliz ano novo e todo esse bláh, bláh, bláh….
Que texto lindo Ju, amei de verdade parabéns! Todos devemos pensar como você, devemos eixar o que nos faz mal pra trás e somente levar o que nos faz bem!!!
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AMEI o texto, parabéns! Sou assim também haha
Beijo,
santaironia
Nossa, que texto lindo, Julie! Amei.