Nós nascemos e crescemos com smartphones, aplicativos, computadores e informação a todo momento. Estamos rodeados, todos os dias, de vários tipos de notícias – e aqui incluo as fofocas do R7 e o seu amigo no Facebook falando mal da Dilma. Nossa geração conhece e domina bem as redes sociais. Sabe o que é Instagram, Snapchat, Secret, Tumblr, Facebook, Whatsapp e todos esses nomes que nossos pais ainda não sabem dizer.
A tecnologia faz parte da nossa vida e veio com o principal objetivo de facilitar. Ela simplificou a comunicação, o envio de arquivos e, entre outros serviços, fotografia. Há cinco anos, por exemplo, ter uma câmera de 5MP era ostentação. Hoje a maioria dos smartphones ultrapassam esse número e até são melhores no quesito qualidade. Estou mentindo?
Tirar fotos deixou de ser um evento para se tornar rotina. Viu uma cena bonita na praia? Click. Um acidente aconteceu na estrada? Click. Teve um dia legal? Click. Está maquiada e quer uma foto nova para o perfil do Facebook? Click, click, click.
Alguns nos chamam de Geração Selfie e falam isso como se fosse algo ruim. Quer saber? Não é. Uma ação tão simples, que é tirar foto de si mesma, nunca foi tão mal vista e julgada. “A Maria só posta foto de rosto no Instagram, se acha a gata da sala”. “O João deve ser gay, vive postando selfie no Facebook”. Quem aí nunca recebeu, leu ou até mesmo disse isso por aí?
A verdade é que os outros não estão acostumados com algo que todos nós devíamos ter: amor próprio. É difícil ver aquela pessoa se amando. É difícil ver outro alguém curtindo seu novo corte de cabelo. É difícil ver a fulana postando foto sem maquiagem e ligando o foda-se para as regras. O que as pessoas chamam de algo ruim, eu chamo de algo bom.
Vou contar uma história para vocês: eu sempre fui tímida e tive problemas com aparência, assim como toda adolescente nesse período. Minha forma de passar por isso sem querer cortar os pulsos não foi me rebaixando nem chorando no quarto. Mas, sim, tirando fotos. Meu passatempo favorito era brincar com maquiagens que eu nem sabia a marca e depois tirar várias selfies – quando essa palavra ainda nem existia – com minha câmera tosca. Foi aí que eu percebi que a maioria dos defeitos que eu “tinha” só existia na minha cabeça.
Ninguém posta uma foto na internet se acha que está ruim. Quando publicamos nosso rostinho nas redes sociais, é porque naquele momento nós éramos o centro do mundo, a diva que todas querem copiar. Nós tínhamos acabado de conseguir fazer aquele esfumado lindo que aprendemos com a Camila Coelho e nosso delineado gatinho ficou idêntico ao da Amy Winehouse. Apostamos no bocão vermelho da Bruna Vieira e fizemos biquinho como a Paula Buzzo. Nós nos sentimos lindas naquele instante e resolvemos perpetuá-lo. E daí?
Vamos ser menos chatos com toda essa imposição de regra. A internet é livre e cada um pode fazer o que quiser. Ao invés se preocupar com aquela menina que adora fotos, tente abrir um portal e se informar sobre problemas piores no mundo. Não é querendo ser moralista, mas você já parou para pensar o quão importante aquela selfie é para a pessoa? O quanto uma simples imagem pode ter feito, nem que por uns minutinhos, ela se amar mais? Que tal transformar o ódio pelo próximo em amor por você? Quem é bem resolvido consigo mesmo não precisa diminuir o outro para ficar bem.
A verdade é que nós deveríamos amar mais o que somos. E se nosso amor próprio incomoda alguém, que se dane! Ninguém é obrigado a nos seguir e o unfollow existe para resolver o problema. Quem se importa com um seguidor a menos quando temos autoestima a mais? Eu não.
Um beijo especial para Larissa, Ana, Pam, Fernanda e Tati que enviaram suas selfies para o post! Pedi no grupo do Julie de Batom lá no Whatsapp e elas toparam participar. Quer se juntar a nós? Deixe seu número com DDD por inbox na fanpage 🙂
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