Tag: sentimentos

  • Duas vezes mais

    Ando desiludida comigo mesma. Faço promessas para o meu próprio bem e nunca cumpro. Na realidade, acabo me machucando mais e isso me mata aos poucos. Mesmo querendo negar.
    Prometi que não ia me importar com nada mais. E me importei. Prometi que deixaria o destino agir por conta própria. E o forcei a estar ao meu lado. Prometi que não deixaria coisas pequenas me colocarem para baixo. E deixei. 
    Não posso mais confiar em mim mesma. Na verdade, já não sei mais em quem confiar. Ultimamente, mal posso definir minhas prioridades. O coração luta contra minha mente e essa batalha acaba comigo. De um lado, meus sentimentos. Do outro, a razão.
    Nunca pensei que quebraria uma promessa feita a mim mesma. Ironicamente, a mesma pessoa que a fez, a quebrou. E ao invés se poupar de ter seu coração machucado mais tarde, ela se feriu. Duas vezes mais.
  • Alguém (im)perfeito para mim

    Eu acredito no amor verdadeiro. Acredito na paixão intensa. Acredito, também, que o destino sempre dá um empurrãozinho quando precisamos. E que, quando existe um sentimento forte, nenhuma pedra no caminho merece ser considerada um obstáculo. É só chutá-la para o lado e seguir em frente.
    Mesmo assim, não acredito no príncipe encantado. Na verdade, contos de fadas foram feitos por alguém que, enquanto idealizava uma história de amor perfeita, criou um filme ou escreveu um livro. Histórias assim não são reais. Exceto no cinema – e na mente de alguns.
    Então, quando me perguntam sobre o cara perfeito para mim, sempre respondo que não sei. O destino vai me mostrar isso. E sabe por quê? Porque não adianta imaginar como seria o namorado dos meus sonhos. Ele sempre iria ter um defeito para atrapalhar tudo.
    E é aí que está: defeitos. Ninguém é perfeito (já disse isso?), assim como ninguém está livre de errar. Não dá para montar o namorado ideal, com defeitos que podemos aceitar e qualidades que não temos e que ele precisa ter. “Montar” alguém perfeito é fácil. Assim como desistir dele quando percebemos que o príncipe encantado é, na verdade, só o par da Cinderela.
    O garoto que roubou seu coração nunca vai ser o mesmo dos seus sonhos. Aliás, esqueça o segundo. Ele vai te deixar cega e, sem perceber, o garoto real vai se tornar o dos seus sonhos. Mas será tudo mentira.
    Aquele menino que roubou seu coração vai ter outras amigas. Ele não vai deixar de jogar futebol com os garotos para te acompanhar às compras. Ele não vai parar sua rua com uma serenata. Ele não vai segurar sua mão 24 horas por dia. Vai chegar um momento em que ele vai pedir que você se cale só para não enjoar da sua voz. Ele vai te chamar de gostosa. Vai contar seus defeitos para o melhor amigo dele. Vai te elogiar, mas também vai te criticar. Depois da briga, cada um vai para o seu quarto, bravo com o outro. Vocês não vão se reconciliar como nos filmes, com um beijo quente ou uma noite especial. Filmes são filmes. Nós vivemos no mundo aqui fora. No real.
    É por isso que deixo o destino me surpreender. Ele vai trazer o garoto imperfeito para mim, cheio de defeitos que não suporto. Vou me irritar com suas manias e ele vai rir das minhas. Nós não vamos precisar de momentos perfeitos. Todos vão virar lembranças eternas pelo simples fatos de existirem. E ele vai ser perfeito para mim, vai me completar. Não porque ele é o garoto dos meus sonhos. Mas sim porque ele é o garoto que me faz rir com suas besteiras, me faz sentir uma criança e me traz felicidade. Isso basta.
    Continuo acreditando no amor, na paixão, nos momentos que se eternizam por serem, na medida do possível, perfeitos. Tudo na medida para ser especial. E durar para sempre… Seja lá quanto o sempre durar.
  • Sobre o que eu sou

    Já perdi as contas de quantos textos eu escrevi. Passei por sentimentos complexos, outros mais fáceis e até situações que minha mente, em momentos férteis, inventou. Falei de tudo. Menos de mim mesma.
    O fato é que não sei me descrever. Irônico. Eu sou a pessoa que melhor me conhece em todo o mundo. Conheço meus defeitos, qualidades, dificuldades… Sei o que sinto, o que penso, o que sou e o que vivo. Sei de tudo.
    E no final, sempre acabo recorrendo à alguém quando preciso falar sobre mim. Estranho. Ninguém mais pode saber o que se passa na minha cabeça, no meu coração. Ninguém pode me definir por um ou dois momentos que passamos juntos. Eu tenho 17 anos de convivência comigo. Eu deveria ter aprendido algo até agora…
    Aprendi que tenho qualidades que pensei não ter. Ignorei algumas quando me perguntaram sobre elas e até pensei não conhecê-las. Os defeitos então… Poderia fazer uma lista daqueles que eu aceito. Alguns eu não admito ter, mas tenho. E são muitos – principalmente pelo fato de nós termos aquela mania de saber e dar ênfase ao nosso lado ruim e desconhecer o bom.
    Cada momento foi um novo aprendizado. Não digo só pelo lado sentimental, afinal não sou formada só por ele. Entre esses 17 anos de vida, vivi e presenciei muitos momentos que, no final, ficaram só na memória. Outros não tiveram importância e esqueci. Simples.
    Eu me conheço melhor que ninguém. E mesmo assim, sou um enigma para mim. Sou surpreendida quando sinto ou penso algo novo. Ou até quando vicio naquela música que, há dois anos, teria odiado. 
    Eu sou a autora de minha própria história. Sei de tudo pelo que passei. Desconheço o futuro e, quando chegar nele, ainda vou fazer alguns rabiscos e querer modificá-lo enquanto posso. Se o livro é confuso para quem o escreveu, imagina para os outros.
    A vida é uma eterna surpresa, feita de mistérios e descobertas. O que é indecifrável para nós hoje, amanhã se torna fácil de entender. As pessoas são assim também. Por isso só o tempo pode definir alguém… Mesmo que nunca chegue tão próximo da verdade.
  • Nenhum outro alguém

    Eu amo seu sorriso. Não ligo se o motivo dele são minhas caretas ou meus tropeços. Tanto faz. Ele me faz esquecer tudo – até mesmo de respirar – e a única coisa que consigo fazer é sorrir. E fico assim enquanto você está ali, ao meu lado. Até dá vontade de falar qualquer coisa só para escutar suas risadas. Elas são únicas.
    Eu amo o seu jeito de andar. É tão despreocupado, tão… você. Às vezes me pergunto o motivo de reparar tanto nisso. É como se meu cérebro quisesse gravar cada detalhe seu, só para, mais tarde, encher minha mente sobre você.
    Eu amo seu olhar. Ele é tão confiante, tão suave e confortável. Eu queria poder fitá-los para sempre, dizer como me sinto bem ao fazer isso. Eu poderia ler sua alma através dele. Ou não. Ainda não sei se você é um livro fácil de se entender. Estou em dúvida.
    Eu amo o jeito que você arruma o cabelo. Ainda não sei o porquê, mas amo. De qualquer forma, sempre que me atrevo a bagunçá-lo, me sinto bem. Fazer isso é bom e me faz sentir como se eu fosse especial.
    Eu amo a sua voz e o jeito que você fala. Ela é tão calma, tão suave e gostosa de se ouvir. Fico procurando assuntos diversos só para ter o que escutar. Somente com você, eu não me importo de ficar quieta. Desde que meus ouvidos tenham uma dose extra da sua voz.
    Eu amo o jeito como você chega perto de mim. Amo o modo como me chama todos os dias, desde os seus “psiu”, quando me encontra na rua, até o meu apelido, quando está mais perto e me cumprimenta. Meu coração dispara sempre que sinto você chegar. Aliás, posso contar um segredo? Ele sempre sente sua aproximação.
    Eu amo tudo isso em você. E por amar cada característica sua, eu chego a te odiar. Simplesmente pelo fato de não estar perto de mim agora. Simplesmente pelo fato de cada uma delas serem únicas… E não ser possível encontrá-las em nenhum outro alguém. Só em você.
  • Para sempre

    Pois é amiga, ele se foi. Novamente o coração foi burro, te pregou peças e bagunçou sua vida. As lágrimas acabaram se tornando confortáveis e aquelas músicas – que antes não faziam sentido algum – começaram a ser um ponto de paz. Chorar se tornou rotina. Normal. Faz parte.
    Ele seguiu em frente, com razões certas ou erradas. Apegar-se ao adeus não é saudável, buscar saber sobre ele, sobre o que faz, muito menos. A vida precisa continuar e se apoiar em memórias não vale a pena. Deixa o tempo se encarregar de resolver tudo. Ele sempre é a melhor solução.
    Ainda existem muitas lágrimas para derramar e muitos desabafos para fazer. E em todos esses momentos, pode contar comigo. Seu porto seguro se foi, mas ainda resta uma base para se apoiar: eu.
    Não se preocupe com a dor e não tente evitá-la. Chore quando for preciso, desabafe quando quiser e deixe que tudo o que te machuca saia de você. Coloque todas as mágoas para fora, se livre delas e não deixe que voltem. Vai doer, sim. Mas eu prometo que vai passar.
    Amar também dói e nem preciso falar como. Ninguém está livre de se decepcionar, se despedir de alguém especial ou perder aquele grande amor. Faz parte da vida e acontece com todos. Só nos resta usar essas experiências como força e amadurecer. É o jeito.
    Garotos vêm e vão. Amigas de verdade vêm e ficam. E acredite: eu estou aqui por você. Para sempre.
  • Transformando sentimentos em palavras

    Sempre que escrevo um novo texto, recebo replies e mensagens no Facebook perguntando de onde tiro tanta inspiração. Minha resposta acaba sendo sempre a mesma (“momentos que vivo”), mas além de ser bem incompleta, acabo deixando de lado tudo o que realmente sinto ao escrever.
    Porém, foi um e-mail que recebi há um tempo (não lembro quem enviou) que me deu a luz de fazer esse post. Na mensagem, uma leitora perguntou como eu fazia para transformar sentimentos confusos em palavras. Assim como ela, outras pessoas já haviam perguntado o mesmo e, como isso não é algo fácil de responder e não exige técnica, resolvi escrever o post e (tentar) explicar o que eu faço para organizar tudo o que sinto em um ou mais textos.
    Escreva tudo sem se preocupar com formatação
    A primeira coisa que faço é abrir o Word (ou o próprio Blogspot) e digitar tudo o que me vem em mente. Vou escrevendo, sem me importar com palavras repetidas, parágrafos mal fechados e pontuação mal feita. Apenas coloco na página o que sinto, o que meu coração está gritando. Pode parecer que não, mas acredite: essa é a pior parte.
    Deixe seu íntimo falar por você e não se preocupe se está grande demais, com palavras erradas e várias frases soltas. Isso acontece no começo e vai acontecer sempre. O importante é não perder a inspiração, não perder a essência. Digite tudo o que está pensando/sentindo e fim. Deixe para se preocupar com erros e beleza do texto no final.
    Tenha paciência e não se force
    Escrever sobre sentimentos não é fácil e acho que ninguém nunca disse que seria. Já é difícil explicar o que temos quando alguém pergunta, quem dirá escrever? O fato é que nem todos os momentos vão, necessariamente, virar textos. Ou então, não serão escritos na hora. Posso confessar uma coisa para vocês? Há textos meus que foram escritos pensando em momentos que vivi há dois anos ou mais e somente agora consegui expressar tudo o que vivi naquele dia. 
    Também vale lembrar que forçar a inspiração para escrever não dá certo. Quando eu escrevo meus textos, não escrevo somente para ter o que postar no blog. Sempre que há um novo texto aqui no #JDB, tenham certeza que é porque eu precisava desabafar ou não aguentava mais prender a inspiração. E é isso que “precisa” acontecer: você tem que sentir algo forte, que seja capaz de falar através de você. Seus dedos não vão explicar o que sua mente quer, mas sim o que seu íntimo está sentindo.
    Escreva para você
    Antes de tudo, escreva para você, para desabafar e não para ter um post novo em seu blog. Não se preocupe com o que os outros vão pensar ao ler (principalmente quando é uma indireta para alguém), pois nem todos os seus textos vão ser interpretados da mesma maneira. Você pode escrever palavras lindas para um amigo e alguém pode pensar que foi para seu namorado. Acontece. 
    Não tenha vergonha
    Não segure sua inspiração por vergonha ou por medo de que aquela pessoa especial leia o que sente. Desde o momento em que você decide expor sua mente e seus sentimentos em um blog, o risco de um texto virar indireta é normal. Todo escritor já passou por isso, assim como compositores e blogueiros. Se não houvesse alguém “real” (ou musa/o inspirador/a) para ser o centro da nossa inspiração, as músicas de amor não teriam graça. E quando quem amamos lê o que escrevemos, acaba sendo melhor. Ou vai dizer que você não ia adorar ver a cara de confusão dele?
    Hora de organizar
    As palavras já estão no Word/Blogspot e agora chegou o momento de “embelezar” o texto. Hoje em dia, acabo fazendo tudo ao mesmo tempo, pois já acostumei a escrever (faço isso desde 2006, é tempo!). Porém, quem ainda tem dificuldade em unir inspiração com formatação, deixe o segundo por último, como falei no começo.
    Tente não mudar o sentido do texto nem estragar a essência. O resto, é o mesmo que vale para qualquer trabalho escrito: nada de erro ortográfico, pontuação correta, tentar não repetir palavras… Só isso, sem mistérios.
    Sei que esse não é um tema fácil de abordar e nem todo mundo fala sobre isso. Só o que quero deixar claro é que nem sempre escrever é somente dom. Prática é uma grande parte do resultado e isso é algo que só ganhamos aos poucos, com paciência e muitos erros.
    Espero que as dicas tenham ajudado e servido para vocês entenderem como escrevo o que sinto nas páginas do blog. Qualquer dúvida, só perguntar!
    E então… Bora escrever?
  • Aquela coisinha chamada autoestima.

    Autoestima. Está aí uma palavra que já saiu do dicionário de muitas garotas há tempos. Claro que, uma sumida de vez em quando é normal. O que não dá para entender é deletar algo tão importante da nossa vida por coisas bobas.
    Hoje é tão normal escutar meninas criticando seu físico que me pergunto se, em algum dia, elas já pararam para se olhar e perceber se tudo o que sai de suas bocas é verdade. Não estou dizendo para ninguém amar a gordurinha a mais… Mas inventar defeitos para escutar palavras de conforto não é nada, nada saudável.
    Fazer drama não vai fazer o garoto que você gosta te olhar. Pelo contrário: ele vai acabar percebendo sua insegurança e se irritar com suas queixas. Aliás, ele não é o único: seus amigos não vão aturar suas reclamações por muito tempo. Uma hora, de tanto falar e não ter resultado, a gente cansa.
    Então, que tal fazer um exercício fácil? Sabe esse espelho gigante que está em seu quarto? Olhe para ele. Perceba como seus olhos são lindos, como sua boca forma uma curva perfeita e como seu corpo é bem estruturado. Veja suas qualidades e deixe elas cobrirem seus defeitos. Ame o que você é e permita que esse sentimento tome conta de você.
    A autoestima se baseia em prática, e nada mais. Se você criar o hábito de perceber as belezas que tem, aos poucos, sua segurança vai surgir. 
    E lembre-se: se ame por você, não pelos outros. Não permita que ninguém te rebaixe, nem te aponte defeitos. Além disso, não deixe que criticas te derrubem… Torne-as força, e somente isso.
    Agora, que tal começar a se amar, se valorizar e se entender um pouco mais? Afinal, essa coisinha chamada autoestima é algo que precisa estar dentro de sua mente. Ela é poderosa e tem a capacidade de mudar tudo… Principalmente a visão que os outros tem de você.
  • Para entrar, de uma vez, na minha cabeça

    Toda minha vida fui severa comigo mesma: tracei um perfil que deveria seguir, à risca, ingenuamente pensando ser esse o certo, sem defeitos nem erros. Estava tão preocupada em esconder minhas falhas que não percebi como estava sendo boba por esquecer que perfeição não existe.
    Quanto mais tentava estar dentro dos padrões, mais eu percebia que sempre seria criticada, mesmo que, no meu ponto de vista, tudo estivesse no lugar. Tirei os rótulos que me cercavam e minhas fantasias se foram: passei a demonstrar o que era, o que pensava e sentia. E voltei a estar em frente às censuras.
    Ensinaram-me que ninguém está livre de ser julgado. Por saber disso, resolvi não me importar, ser criticada por ser sincera, não por usar máscaras. A teoria era fácil, enjoativa e de nada me valia.
    Então, chegou a hora de colocar o que construí em prática e juntar forças para me colocar à prova. Eu sei que o forte ao meu redor não é imune à ataques tentando penetrá-lo e enfraquecê-lo, assim como, em vários momentos, tudo que o formei vai estar prestes a desabar. De qualquer forma, nada está protegido da opinião alheia. Você pode estar sendo transparente, deixando tudo à mostra, mesmo assim, ainda haverá alguém para te acusar. Pode estar sangrando, sempre terá alguém para assistir sem prestar qualquer ajuda. É difícil, é complicado e são poucos aqueles que conseguem driblar as dificuldades e transformá-las em força. E espero estar nesse meio.
    Essa é a vida, eu sei. Só não entendo.
  • Do outro lado do oceano

    Há coisas que não foram feitas para durar. E minha vida está cheia delas.

    Percebi isso enquanto voltava para casa, depois de um dia cansativo de escola e técnico. Enquanto a brisa fria e confortadora entrava pela pequena janela do ônibus, bagunçando meus cabelos, o mar dançava em um ritmo agitado e perfeito, mas não o suficiente.

    Perguntei-me se isso soaria tão estranho se alguém escutasse meus pensamentos. Era óbvio que sim. Qualquer um diria que estava louca por querer sair dessa cidade repleta de oportunidades e belezas naturais. Certamente, me chamariam de louca por desejar estar em um outro “mundo” que não fosse aqui.

    Mas, não depende de mim: é o meu corpo que se sente desconectado à este lugar, é a minha mente que procura se adaptar, sem sucesso, aos costumes que nunca fizeram sentido. São meus pensamentos que tentam seguir os daqueles que, de alguma forma, pertencem a esta cidade e, por mais que eu tenha vivido aqui desde sempre, não consigo me situar. E nada poderá mudar isso.

    Talvez eu não faça parte desta pequena cidade ou a este pais enorme, lindo e invejável aos olhos gringos. Meu corpo necessita andar por aí, sem rumo, procurando um lugar onde se sinta bem, em paz. Não sei bem a onde pertenço, mas estou louca para descobrir.

    E enquanto penso onde desejaria estar, o ônibus continua correndo e trazendo a brisa suave do oceano. Oceano este que eu adoraria estar na outra ponta, admirando as estrelas de um outro céu.

  • Nos(otros)

    É pedir demais para esquecer os outros e se focar somente em nós? Não sei se você percebeu, mas nossa relação não é a mesma há muito tempo. Enquanto tento salvar o que restou, você finge estar tudo bem e não move um dedo para me manter ao seu lado. Pelo visto, só sua imagem importa, só o que os outros pensam de você.
    Eu me lembro de quando nos conhecemos; seu sorriso foi o primeiro a me ganhar. Tudo em você era perfeito: seu perfume, seu jeito de andar e até o modo como cruzava os braços quando se zangava. Era tudo bom demais para ser verdade, e não tente negar: nós dois sabemos o que houve aqui.
    Sua segurança é só uma imagem. Você é só uma farsa. Tudo o que há por fora é o contrário por dentro. E eu descobri isso da pior forma.
    Nós nunca vamos dar certo. Nunca. Você se importa com o que pensam de você, eu não ligo. Você quer postura, eu quero amor. Você faz o que seus amigos querem, eu acho todos eles idiotas. Somos o tipo perfeito de opostos que não se atraem.
    Enquanto os outros estiverem interferindo em nós, nada nunca será como deve ser. Se realmente acha que vale a pena continuar, você sabe a regra: é só eliminar os parênteses e depois continuar com a equação.