Esses dias, enquanto estava sentada no ônibus a caminho para a faculdade, me peguei pensando no que move tantas pessoas a acordarem cedo – quase de madrugada -, encararem um banho até em manhãs mais geladas e saírem de casa para trabalhar. Ok, muitos de vocês vão dizer que o culpado disso é o dinheiro, o capitalismo ou até que são as contas para pagar no fim do mês. Tá, por parte eu concordo. Mas minha teoria é um pouquinho maior e menos simples.
Coloquei-me no meio de todos eles, porque é isso que a gente faz quando tenta entender o outro: se coloca na situação. Em 90% dos casos, adianta bastante. Deixando meus métodos de lado e continuando com o que interessa, repensei sobre o que me fazia acordar cedo, tomar um banho mesmo quando o tempo te pede para ficar sob os cobertores e entrar em um ônibus lotado. Faculdade? Não. Estágio? Não. Vontade própria? Na-na-ni-na-não.
Vocês vão me chamar de louca, talvez. Mas tenho uma explicação para tudo isso, tá? Para entender, antes de tudo, esqueça aquele tipo de amor, digamos, romântico. Nada de beijo de língua aqui nem pegação. E, sim, amor, só ele por enquanto. Aquele sincero e que, as vezes, nem o percebemos por perto.
O que quero dizer é que é esse sentimento o responsável por nos permitir fazer qualquer coisa. Da mais simples à mais complexa. Aliás, o amor nem deve dividir assim. Talvez ele tenha uma forma diferente de separar as coisas… Tipo “o que me faz feliz” e “o que não me faz feliz”. Quem sabe?
A única coisa que posso dizer nesta teoria toda complicada é que o amor é o motivo de tudo. É o motivo de uma mãe acordar cedo só para comprar os pães que seus filhos vão comer antes de ir à escola. É o motivo de um cara trabalhar o mês inteiro para pagar a parcela daquele videogame que ele jura que nunca irá vender. É o motivo da garota popular da escola se esforçar tanto para continuar sendo “adorada”. É o motivo do universitário em acordar cedo o dia todo para ser, nas palavras dos pais, “alguém na vida”. Não importa qual é o motivo do amor: filhos, algo material, atenção ou sucesso. É amor.
No meu caso, amor pelo pessoal da faculdade. Amor pela profissão de jornalista. Amor pela escrita. Amor por falar sobre pessoas desconhecidas. Amor por mostrar ao mundo um pouquinho do meu dia-a-dia, seja no jornal da faculdade, seja no blog. É amor. E dos sinceros.
O que me faz concluir que é ele o que move tudo.
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