
Todo fim de semana, minha mãe sempre chegava em casa com uma massa de pizza semi-pronta. Com toda a alegria – como se, realmente, fosse uma chef -, eu corria até a cozinha, louca para colocar a mão na massa. Eu era a estagiária e ela, a minha instrutora.
Nunca comíamos a pizza do jeito que ela chegava em casa. A gente tinha mania de complementá-la com outras coisas que a marca se esquecia. Era assim todas as vezes – e eu adorava isso.
Lá da sala, meu pai começava a reclamar do horário. “Cadê essa pizza que não sai? Já são dez horas!”. Mesmo assim, sempre estava de olho na cozinha (e ajudando em tudo o que ele tinha permissão para tocar). Éramos cozinheiros de mãos cheias e sem nenhum certificado. O que, claro, tornava tudo melhor.
Depois, levávamos até a sala um dos bancos que meu pai ainda tem no quintal. Apoiávamos a bandeja com a pizza e, no chão mesmo, colocávamos os pratos, os copos e a Coca Cola de dois litros (saudades de comprar uma Coca Cola de dois litros pelo preço de antes). Ou, as vezes, um refrigerante de tubaína. Nosso favorito.
E assim rolava a noite. Conversas, TV ligada só para fazer barulho e um pedindo o ketchup ao outro.
Eram dias maravilhosos. Aliás, ainda é. Com menos frequência, é claro (mãe de dieta = nada de massas todos os fins de semana). Mas, mesmo assim, cada vez que minha mãe inventa de comprar uma pizza ou até pães para fazer sandubas, eu volto a ter os mesmos sete ou oito anos de antes, quando eu era uma chef de cozinha sem nem, ao menos, tocar no fogão.
E querem saber? As melhores pizzas e os melhores sanduíches que comi não foram feitos em um restaurante famoso e caro. Foram feitos em casa mesmo, em uma cozinha doméstica sem nenhum forno superpotente nem ingredientes secretos. Só o amor.
14 Comments
As melhores lembranças são sempre aqueles momentos simples com pessoas especiais. Lindo!!!
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Ual, texto tocante!!
Adoreii!!
Bjos! *-*
Texto incrível! Eu acabei lembrando de situações parecidas com essa que aconteciam em casa nos fins de semana…
O que dizer? Encantador talvez defina – ou não – afinal, lembranças tão belas da infância a gente não define, apenas guarda num lugar todo especial do coração. E isso você fez muitíssimo bem. Parabéns! E crônica é isso mesmo: é transformar um assunto que pareceria qualquer pra outra pessoa, em um grande e reflexivo texto.
Bjs, Herlene!
Que texto lindo, adorei tudo Ju!
Beijos
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Nossa, que lindo esse texto
Amei ele demais <3
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Quanta nostalgia, adorei o texto *-*
É sempre assim, as melhores lembranças e mais gostosas são as mais simples, e é isso que eu amo nelas *—*
Beijoos,
Super concordo contigo, Julie. Sempre o que é feito com amor é o melhor.
Que legal e que fofo (e tbm super sentimental). Se pizza pre-pronta não me fizesse mal ate comeria agr.
Ju visita o meu blog? http://vinamoda.teenbloguer.com/
Que lindo *-* Acho que as melhores lembranças familiares são as mais simples, essas sim são aquelas que a gente lembra até na velhice.
Beijos
Me deu vontade lendo isso k
Que maneiro, isso me lembrou alguns momentos do ano passado e me lembra quando minha mãe me ensinava a cozinha antes de arrumar um emprego.
Grande Abraço.
Att. Sabrina Gomes
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