Nós achamos que a vida só ganha sentido quando encontramos alguém que resolve dividir tempo, pensamentos e coração com a gente. Na verdade, o desafio não está em encontrar essa pessoa, nem em fazê-la corresponder o que sentimos. Esse é só o começo e, olha, seria bom se toda a dificuldade se resumisse a isso.
O amor não é só flor. Algumas paixões se vão sem conhecer o aroma nem a cor das rosas. Aos poucos, a gente descobre que o maior desafio é a convivência. Entender que o outro não é perfeito, diferente daquela primeira impressão que temos quando estamos apaixonados. Mas há um desafio ainda maior: entender que a gente também erra.
Uma vez eu li em algum lugar que, em um relacionamento, os dois precisam jogar no mesmo time. Sem partidarismo nem egoísmo. Ninguém está, nem deve estar, contra o outro. Se estão juntos no Facebook ou por uma aliança, a união deve se seguir em todas as áreas. E isso inclui quebrar a cara, fazer sacrifícios e até mesmo mudar coisas que você jurou de pé junto que nunca mudaria. Tudo precisa ser mútuo, recíproco.
Os filmes da Disney me ensinaram que sempre há um final feliz. No mundo real, a história é outra. Nas fantasias a gente nunca sabe o que aconteceu depois do the end. E se a princesa descobriu que o amor da sua vida é um idiota egoísta? Se o príncipe descobriu que sua amada não gosta dos mesmos programas que ele? Tudo pode acontecer. E acontece. Só depende de nós tentar prolongar a história e nunca deixá-la chegar a um fim.
O tempo pode nos mudar, até mesmo nos desgastar. A rotina é uma droga que vicia e acaba com a gente. É preciso muita paciência, criatividade e ajuda para driblá-la e não cair nesse abismo. O esforço não pode partir de um lado só, e é importante entender que a gente também precisa participar. Ou isso ou deixar o destino e o tempo tomarem a frente e decidirem o que fazer.
De tudo isso, o que fica é a certeza que nós estamos em constante mudança. E isso vale para qualquer tipo de relacionamento: com seus pais, amigos, colegas, namorado… Se um não está apto a colaborar, não adianta. E principalmente: entender que nós mesmos precisamos estar prontos para isso. Está aí um desafio que a gente tem que vencer diariamente. Ou pelo menos tentar, sem soltar as mãos nem deixar o outro cair sozinho.
2 Comments
Taí uma coisa que eu falo sempre,as pessoas geralmente não entendem que o amor não é um jogo pra se jogar sozinho,tem que ter um time e um time não é formado de um só.Ao buscar a compreensão do outro temos que estar abertos a compreendê-lo também.O amor,e qualquer outro sentimento é baseado na reciprocidade,não se pode esperar que o outro ame mais,esteja mais presente,deve haver igualdade,para que juntos se somem e não se subtraiam.
Amei o texto 😀
Beijos ^.^
Obrigada, Jen! Que bom que curtiu <3