Author: juliananevesd

  • Espaço do Leitor: você no JDB!

    Sabe quando nós abrimos as revistas e vemos uma página toda produzida pelos leitores? Lá encontramos opiniões, dicas e até sugestões daqueles que acompanham cada edição da revista. Essa é uma forma de aproximar quem lê de quem escreve as matérias. E quem não adora se sentir bff da pessoa que escreve, todo mês, naquelas páginas?
    Daí que nasceu a nova tag mensal do Julie de Batom! Espaço do Leitor vai reunir dicas, sugestões e qualquer coisa que você queira compartilhar com os leitores do JDB. Ou seja: leu um livro super maneiro nessa semana? Usou uma maquiagem que não valeu nem um centavo da sua grana? É só compartilhar com a gente.
    COMO VAI FUNCIONAR?
    Para participar, é super fácil: deixe nos comentários deste post o que você quer que apareça na postagem do próximo mês. Só pra deixar mais fácil, fiz uma espécie de questionário. É só preencher, colar nos comentários e pronto!
    Nome:
    Uma rede social (blog, Twitter, Facebook, etc):
    Comentário: 
    Uma foto sua de rosto*: (tente não usar links do Facebook, pois você pode apagá-la depois ou a imagem pode não ser pública)

    *A foto não é obrigatória!

    Exemplo- Nome: Juliana Duarte
    Rede social: blog (https://julieduarte.com.br/)
    Comentário: Li um livro muito bom neste mês. O nome dele é “Um lugar na Janela”, da Martha Medeiros. No livro, a autora relata algumas viagens que fez nesses últimos tempos. Amei o estilo de escrita da Martha e o modo como deixou a leitura super gostosa, sem parecer um guia turístico. Além disso, dá vontade de viver todas as aventuras e conhecer todos os destinos descritos nas páginas. Super recomendo a leitura!
    Uma foto sua de rosto: http://goo.gl/fACzQ (o link não precisa ser encurtado, só fiz isso por beleza do post, mesmo! :P)

    Você pode indicar sites legais, bandas que conheceu, aplicativos interessantes e até dicas. Vale, também, usar o espaço para dar sugestões para o JDB, elogiar um post que curtiu… Qualquer coisa que você ache legal aparecer aqui. Só não vale indicar o próprio blog, tá? (vale fazer indicação de sites e blogs interessantes, desde que não sejam seus)
    Use esse espaço com carinho. O objetivo dele é aumentar a participação dos leitores no JDB. Sei que muitas tags que fazem isso estão desatualizadas (estou tentando arrumar tempo pra mudar isso), então essa foi uma forma que encontrei para trazê-los ao blog. Essa é uma maneira pra você possuir um espacinho aqui, além de dividir com os leitores algo que você curte. E até mesmo dar uma sugestão pra cá. Tudo é válido! (Até críticas, desde que construtivas e não ofensivas, viu? hahaha).
    Agora quero saber: o que achou da ideia? Vai participar, né? Conta pra gente!
  • Um papo sobre autoestima, Facebook e Megan Fox

    Hoje, enquanto estava no meu Facebook, comecei a reparar algumas imagens e posts no meu feed. Entre frases bonitinhas e colegas de rede social tentando fazer graça, acabei reparando em uma dezena de imagens com frases exaltando os famosos e até partes do corpo (nada a ver!) deles.
    O surpreendente não foi o conteúdo dessas imagens e prints. Mas, sim, a presença deles. Se eu fosse fazer as contas, acredito que 90% das atualizações no Facebook têm esse tipo de conteúdo. 
    Comece a reparar nos amigos e até em você. Quantas vezes já se deparou com alguém (tentando ser engraçado, é claro) dizendo que até a unha do dedo mindinho do pé da Megan Fox é mais bonito que você por completo? Agora, responda: quantas vezes você já viu o dedo mindinho do pé da Megan Fox? Quantas vezes quem escreveu aquilo já viu você?
    Acontece que, infelizmente, estamos vivendo uma fase em que se sentir feio e indesejado é comum. Autoestima só existe na teoria e nos textos de revistas teen. É difícil conhecer alguém que valorize a imagem que vê no espelho e o que é por dentro. E quando isso acontece, ainda é rotulada de metida.
    E onde fica todo aquele papo de se gostar para que gostem de você? Imagina que aquele cara que você é apaixonada desde a 7ª série encontra seu perfil no Facebook (ou, sei lá, Twitter) e resolve vasculhar sua vida, suas atualizações e suas fotos. Já pensou o quanto ele ia achar chato encontrar mil e uma frases de você se jogando lá embaixo? Que garoto quer ficar com uma menina que, por qualquer motivo, começa a se inferiorizar? Garotos não curtem garotas inseguras. É um tormento se relacionar com quem se coloca pra baixo a cada vez que vê uma garota que se cuida e tem confiança. 
    E tem outro ponto: a Megan Fox é linda. Não nego. Consigo ver todos os pontos positivos no rosto e no corpo dela. Só que esquecem um porém, não é? Ela é uma pessoa pública. Ela ganha através da imagem que apresenta. Ela é linda, é claro. Mas é produzida. Lá existe uma mulher com maquiagem perfeita, cabelos super bem tratados e horas de academia. Que garota do mundo real tem uma vida assim?
    Entendem a diferença? Autoestima está mais ligada ao que somos por dentro do que o que vemos por fora. Se não exercitamos nossa confiança, sempre vamos nos enxergar como alguém indesejável e, no ponto de vista dos outros, feia e desinteressante. E ninguém é assim. Olhe a sua volta e perceba quantas pessoas gostam de você. Sabe aquela amiga que elogia seu cabelo? Não é querer ser falsa. É sinceridade. Apenas jogue essa barreira que te impede de acreditar na sua bff e passe a tomar os elogios como uma verdade. Tenha certeza que é.
    Você não é a Megan Fox e não é inferior ao dedo mindinho do pé dela. Você é melhor que isso. É única. Especial. E é isso que te torna tão linda. Apenas aceite e, na próxima vez que se olhar no espelho, veja suas qualidades. Elas são inúmeras, incontáveis. E, as vezes, invisíveis aos nossos olhos que só procuram por defeitos. Aliás… Todo mundo tem defeitos, viu? Até a Megan Fox. E eles são especiais, também, por formarem quem você é. 
    Ame suas qualidades, ame seus defeitos. E, acima de tudo: ame ser o que você é.
  • Projeto Up: layouts para seu blog

    Nome escolhido, tema decidido e blog criado. Agora, para ele ir ao ar – antes dos posts -, só falta uma coisa: escolher que cara ele vai ter!
    Se você não entende de Photoshop e não faz ideia do que é HTML, a dica é usar os layouts que são disponibilizados na internet. Alguns são pagos (mesmo já finalizados) e outros, de graça. Como a ideia é ajudar quem está no começo do blog, o conselho é optar por esses gratuitos. Principalmente se você não tem tanta grana pra investir, certo?
    Por isso, separei meus modelos favoritos de layouts gratuitos (para Blogger) que estão pela internet. Vale visitar os sites que disponibilizam e procurar por outros, também. Ah, e não esqueça: escolha o tema que tem mais a ver com o seu blog. A cara do seu espaço na web é super importante, viu? Será a marca registrada do seu cantinho! (Para ver o layout, é só clicar na imagem!)
        

    VINTE E POUCOS

        



    EVELYN’S PLACE

        
    Todos os layouts são para blogs femininos. Se vocês quiserem um post com layouts básicos e/ou unissex, ou até mesmo para WordPress, comentem aí!
    Agora quero saber de vocês: curtiram os layouts? Conhecem outros sites que também disponibilizam? Conta pra gente!
  • Resenha: Um Lugar na Janela

    Uma das minhas maiores vontades sempre foi ler algum livro da Martha Medeiros. Todas as vezes que lia textos e crônicas da autora por aí, ficava impressionada com seu jeito de escrever e com a facilidade que ela tinha de falar, muitas vezes, algo por mim.
    Foi por esse motivo que no Natal de 2012, coloquei dois livros da Martha entre meus desejos. Por sorte, ganhei os dois: “Fora de Mim” e “Um Lugar na Janela”. Para começar, resolvi fazer a resenha do segundo, já que muitas pessoas me pediram para falar sobre ele. Então… Pedido atendido!

    Sinopse: Em Um Lugar na Janela, a cronista Martha Medeiros abre espaço para a viajante. Aqui não há nada inventado, tudo aconteceu de verdade: as melhores lembranças, as grandes furadas ainda em tempos pré-internet, as paisagens de tirar o fôlego. A autora de Feliz por nada compartilha com seus leitores as mais afetuosas memórias de viagens feitas em várias épocas da vida, aos vinte e poucos anos e sem grana, depois, já mais estruturada, mas com o mesmo espírito aventureiro, e com diversos acompanhantes: as amigas, o marido, as filhas, o namorado, não importa a companhia, vale até mesmo viajar sozinha. Com o mesmo estilo pessoal das crônicas, Martha Medeiros transmite aquilo que de melhor se leva de uma viagem: as recordações. É como deixar-se perder num lugar novo – pode ser uma mochilagem pela Europa, uma aventura em Machu Picchu, uma temporada no Chile, poucos dias no Japão – para depois se reencontrar consigo mesma. Um lugar na janela é um convite para deixar de lado a comodidade do sofá, as defesas e embarcar junto com Martha. O bom viajante é aquele que está aberto a imprevistos, ou seja, a viver.

    Um dos meus maiores desejos é percorrer o mundo. Sempre tive vontade de conhecer pessoalmente todos aqueles pontos turísticos que só conheço por fotos. E esse foi um dos motivos que me fez querer tanto o livro “Um Lugar na Janela”, da Martha Medeiros. Afinal, ele é cheinho de crônicas sobre lugares que a autora viajou nesses últimos anos. Já posso morrer de inveja?
    O mais interessante no livro é que ele não tem nada a ver com um guia turístico. Quando lemos suas crônicas, sentimos que ela é só uma amiga nos contando suas aventuras por terras diferentes. E aventuras não faltam!
    Além disso, podemos acompanhar sua evolução como “viajante”. No começo, sem grana no bolso e se hospedando na casa de um amigo de um amigo de outro amigo. Depois, percebemos uma mulher mais madura, mais reconhecida e até com um poder aquisitivo melhor. Mas que, mesmo assim, ainda vive momentos inesquecíveis em cada destino escolhido.
    No decorrer do livro, Martha divide conosco todas as suas lembranças e emoções. Uma das minhas partes favoritas (e que vou levar para a vida!), é quando ela diz que, ao viajar, nós descobrimos alguns lados que, até então, não conhecíamos. Acabamos tendo contato com sentimentos e parte da nossa personalidade que nunca se mostraram para nós. Como, por exemplo, a “cara de pau”. Segundo ela, viajar é um ótimo exercício para aprimorá-la.
    Sem dúvidas, esse é um dos melhores livros que já li. Até agora, é o favorito do ano. Fiquei encantada pelo estilo de escrita da Martha e pela forma que ela contou suas viagens e lembranças. Não é a toa que a autora é uma das mais consagradas no país, né?
    Só espero que ela faça uma versão dois do livro. Como ela até disse no início, há muitas viagens que não foram relatadas em “Um Lugar na Janela”. Eu, por ser curiosa, já quero conhecê-las!
    Avaliação:
    Vale lembrar que a resenha se resume à minha opinião. Vocês podem expor o que acharam do livro aí nos comentários e até discordar do que eu disse do post. Desde que mantenham o respeito.
    E vocês? Já leram ou querem ler “Um Lugar na Janelai”? Conta pra gente!
  • Nossas pizzas de fim de semana

    Todo fim de semana, minha mãe sempre chegava em casa com uma massa de pizza semi-pronta. Com toda a alegria – como se, realmente, fosse uma chef -, eu corria até a cozinha, louca para colocar a mão na massa. Eu era a estagiária e ela, a minha instrutora. 
    Nunca comíamos a pizza do jeito que ela chegava em casa. A gente tinha mania de complementá-la com outras coisas que a marca se esquecia. Era assim todas as vezes – e eu adorava isso.
    Lá da sala, meu pai começava a reclamar do horário. “Cadê essa pizza que não sai? Já são dez horas!”. Mesmo assim, sempre estava de olho na cozinha (e ajudando em tudo o que ele tinha permissão para tocar). Éramos cozinheiros de mãos cheias e sem nenhum certificado. O que, claro, tornava tudo melhor.
    Depois, levávamos até a sala um dos bancos que meu pai ainda tem no quintal. Apoiávamos a bandeja com a pizza e, no chão mesmo, colocávamos os pratos, os copos e a Coca Cola de dois litros (saudades de comprar uma Coca Cola de dois litros pelo preço de antes). Ou, as vezes, um refrigerante de tubaína. Nosso favorito.
    E assim rolava a noite. Conversas, TV ligada só para fazer barulho e um pedindo o ketchup ao outro. 
    Eram dias maravilhosos. Aliás, ainda é. Com menos frequência, é claro (mãe de dieta = nada de massas todos os fins de semana). Mas, mesmo assim, cada vez que minha mãe inventa de comprar uma pizza ou até pães para fazer sandubas, eu volto a ter os mesmos sete ou oito anos de antes, quando eu era uma chef de cozinha sem nem, ao menos, tocar no fogão.
    E querem saber? As melhores pizzas e os melhores sanduíches que comi não foram feitos em um restaurante famoso e caro. Foram feitos em casa mesmo, em uma cozinha doméstica sem nenhum forno superpotente nem ingredientes secretos. Só o amor.
  • De bixete à jornalista: parte 2

    Depois de ser selecionada para a universidade (contei tudo neste post) e fazer a matrícula, a única coisa que me restava era comprar os materiais e esperar o tão desejado dia chegar. Eu nem preciso dizer como estava ansiosa, né?
    Finalmente, fevereiro chegou e, logo no primeiro dia do mês, lá estavam meus colegas e eu esperando pela primeira aula – e morrendo de medo de levar trote (que, aliás, nem aconteceu!). Porém, não foi preciso nem abrir o caderno, já que passamos o dia conhecendo todo o campus, as bibliotecas e coisas do tipo (confira o post que fiz no dia, onde contei mais detalhes). Fizemos um tour para conhecer melhor onde passaríamos os próximos quatro anos de nossas vidas.
    Nos dias que se seguiram, as aulas (agora com matéria e tudo) começaram. Em algumas, ficamos super animados. Em outras, nem tanto. Talvez seja por culpa das teorias e até dos professores! haha.
    No primeiro semestre, nós tivemos dez aulas no total. Foram elas:
    História do Jornalismo I: O nome da disciplina já diz tudo! É nela que aprendemos o passado do Jornalismo, como chegou ao que é hoje e quais foram as pessoas importantes na área. Essa era uma das matérias que eu adorava (apesar de ser mais teórica). É super importante conhecer o passado para entender o presente, não é? 
    Fotojornalismo I: Minha favorita! haha. Nesta disciplina, nós aprendemos a mexer com a câmera e até um pouco da história da fotografia. Foi ótimo poder conhecer na teoria o que eu já arriscava na prática. 
    Oficina de Texto I: Basicamente, a disciplina consiste em fazer textos jornalísticos. Logo nas primeiras aulas, o professor já pediu que levássemos um Boletim de Ocorrência para transformá-lo em notícia. Essa aula foi super especial pra mim: tirei 9 no texto (logo de cara, imagina que felicidade?) e, apesar de nunca mais ter uma nota dessas na matéria, o professor elogiava bastante o que eu escrevia. Isso sem contar as aulas na rua, onde o professor nos mandava criar pautas e realizá-las. Eu adorava quando tínhamos aulas assim!
    Teoria da Comunicação I: No geral, são várias teorias que falam sobre o ato de se comunicar. Ao longo dos meses, nós vimos várias escolas e vários estudos diferentes sobre o emissor, o receptor, os meios de comunicação de massa… Apesar de ser uma disciplina meio confusa, eu gostava bastante. 
    Humanidades I: No primeiro semestre, nós estudamos a Sociologia. Nunca fui muito fã da matéria e confesso que fiquei bem chateada quando soube que ela estaria no plano de aulas. Mas até que não foi tão ruim! haha. Basicamente estudamos algumas coisas que já vimos no Ensino Médio. Só que, desta vez, com uma pegada diferente.
    Cultura Brasileira I: O próprio nome já diz tudo! haha Nesta disciplina, a gente viu um pouco da história do nosso país, da sua cultura e do seu povo. Era uma matéria até divertida. Principalmente porque, logo no primeiro dia de aula do semestre, nós tínhamos que fazer um “carômetro”. Ou seja: uma foto nossa com o tema que a professora pedia. O tema do primeiro semestre foi a época de Dom Pedro II, se não me engano. Mas mostro para vocês só no próximo post, viu?
    Introdução ao Jornalismo I: Tinha a mesma essência de “Oficina de Texto”. Porém, “Introdução ao Jornalismo” era mais teórico (a prática ficava em “Oficina”, mesmo). Lemos bastante livros nesta matéria. Por sorte, não eram tão longos… haha.
    Informática Aplicada I: Nesta disciplina, aprendemos a editorar o jornal impresso. Nem preciso dizer que amava, né? Era como ter um pouquinho de design, mesmo que de uma forma diferente da que estou acostumada a fazer.
    Estudos da Linguagem I: Basicamente, o “Língua Portuguesa” que temos na escola. Nesta matéria, aprendemos gramática, tipos de texto e coisas do gênero.
    Núcleo de Pesquisa I: No geral, se resume em textos que usam pesquisa. Como, por exemplo, intenção de voto em eleições. Nós tínhamos que usar gráficos com as pesquisas e, dali, escrever nosso texto. Até que, no fundo, era legal (colegas de sala discordando comigo em 3, 2, 1…).
    Pronto, fim do mistério! haha Agora vocês sabem, mais ou menos, o que aprendemos no primeiro semestre de Jornalismo. Nos próximos posts, vou mostrar alguns trabalhos que fizemos (ainda no primeiro semestre, tá?) e falar sobre eventos que participamos. Se ficar muito longo, divido em duas partes.
    Então, o que acharam do post? Estão ansiosos para a parte 3? Comenta aí!
  • A volta do meu coração

    – Até amanhã, Carol!
    Dei dois beijos na bochecha da Paloma e segui para um banco próximo à saída da universidade. Assim que cheguei, apoiei os cadernos e livros em cima dele e organizei todos na bolsa. Preferia o peso nas costas do que aquele volume nos braços.
    Assim que arrumei meu material, levantei e segui para a saída. Tirei a carteirinha do bolso e, antes de passar pela catraca, olhei para os lados só por mania boba. Me arrependi na mesma hora de ter feito isso.
    Lá estava ele. Julio. Estava rindo com uma garota que nunca vi na vida. Caramba! Eu não tinha jurado a mim mesma que não sentia nada por ele? Por que aquilo mexia tanto comigo? 
    Enquanto eu pensava, a garota ria de alguma coisa que ele falou. 
    Com muito sacrifício – e muita vontade de ir lá interromper o papo com qualquer bobeira sobre as aulas -, saí da universidade. Apressei o passo na esperança de que, mesmo que o Julio saísse ao mesmo tempo, eu ainda conseguisse alguma vantagem.
    Segui em frente apenas me concentrando em colocar um pé na frente do outro. Depois de alguns passos, percebi que meu tênis estava desamarrado. Droga! 
    Abaixei e me encostei no meio fio para amarrar o cadarço. Mentalmente, agradeci por ter guardado tudo na bolsa. Seria um trabalho tão grande se eu ainda estivesse com todos aqueles livros na mão…
    – Carol? – Perguntou uma voz atrás de mim.
    Não! Não! Mil vezes não! Não aquela voz. Não aquele rosto que, se eu virasse, estaria tão próximo. Não pode ser!
    Tentei forçar o melhor sorriso que pude. Falhei. Não encontrando outra saída, falei sem nem olhar no rosto dele. 
    – Oi, Julio. – Respondi, sem entusiasmo.
    Sem mais cadarço para prender minha atenção, me vi obrigada a levantar. Merda! Eu não queria ir embora com ele. Não depois daquilo e não depois dos meus sentimentos se fragilizarem daquele jeito. 
    Queria tanto ter uma desculpa para virar naquela próxima rua…
    Seguimos andando em silêncio. Pelo menos, eu estava. O Julio continuava com umas conversas que, sinceramente, não lembro nada. Era uma mistura de provas com trabalhos e um resumo sem muitos detalhes sobre as férias. 
    A Carol de alguns meses atrás iria se importar com cada detalhe. Isso era bom, né? Pelo menos, minhas defesas continuavam intactas. Em parte.
    Quando dei por mim, Julio estava segurando minha mão como se fosse a coisa mais natural possível. Estávamos andando assim, juntos, como um casal. Será que ele não se tocava no quanto isso era ridículo? 
    – Acho que os calouros são legais. Conversei com alguns hoje e gostei de algumas ideias. Poderíamos fazer uma festa de confraternização, o que acha?
    – Por quê? Quer conhecer melhor as suas amiguinhas?- Respondi, soltando minha mão da dele. Com sua pele longe da minha, ficou tão mais fácil pensar!
    – Não, Carol… – Respondeu, confuso. Ele olhou para nossas mãos separadas e continuou com o olhar baixo.
    – Ok, Julio. – Rendi-me. – Desculpa, falei besteira. Só estou nervosa com umas coisas… – olhei seu rosto e, automaticamente, sem nem pensar, peguei sua mão. 
    Ele sorriu e continuamos andando por aquela rua que guardava tantas lembranças. Eu não conseguia pensar em nada para completar o silêncio. Só em uma coisa…
    – Julio? – Chamei-o. – Você não acha que isso – levantei nossas mãos juntas – dá a impressão errada do que realmente somos? – Olhei seu rosto a procura de alguma mágoa. Só encontrei constrangimento.
    Ele não respondeu e minha curiosidade não iria se contentar com aquilo. Insisti.
    – Por que você insiste em andar comigo assim? – Desta vez, não precisei levantar nossas mãos para que ele entendesse sobre o que eu estava falando. 
    Ele demorou alguns segundos para responder. Finalmente, olhou para mim e disse:
    – Isso é bom. – Sorriu. – E você é melhor nisso do que imagina.
    Opa. Minha vez de ficar constrangida.
    Prosseguimos nosso caminho. Uma parte de mim estava louca para chegar em frente ao prédio dele (onde, normalmente, nos separávamos). Outra parte queria que o prédio nunca chegasse. Era tão bom ficar assim, tão próxima dele…
    Depois de alguns minutos de silêncio e uns poucos assuntos, chegamos em frente ao edifício marrom onde Julio morava. Ele se demorou por alguns segundos e continuou com nossas mãos unidas.
    Ele estava quieto, ansioso. Não sei o que me deixou assim também. Estávamos tão próximos. Tão… Tão ali, a só um inclinar de rostos.
    Quando dei por mim, meus lábios estavam encostando nos dele. Julio soltou nossas mãos e me abraçou forte, unindo nossos lábios mais umas duas ou três vezes.
    Antes de me dizer um “até amanhã”, Julio deu o sorriso mais lindo e sincero que já vi. Entrei no táxi que me levaria para casa ainda pensando no que acabara de acontecer. Minha mente continuava confusa, apesar das perguntas serem diferentes agora. E meu coração… Bom, esse aí não tinha mais jeito. Era como se ele estivesse longe, voltando só agora. Era como se, novamente, eu pudesse senti-lo dentro de mim, batendo numa intensidade louca.
    Intensidade essa que pensei que nunca mais sentiria de novo.
  • 5 séries para curtir no feriado

    Tem coisa melhor que feriado? Dias a mais para descansar, horinhas livres dos estudos, um tempo só seu para fazer o que quiser… Impossível não amar, né?
    Para aproveitar esses cinco dias em casa, resolvi ir atrás de séries novas. Depois de me apaixonar por Once Upon a Time (quem viu o post?), enquanto espero episódios novos da série, decidi me aventurar em histórias novas e conhecer personagens diferentes. Por isso, separei cinco séries que estou louca para conhecer e trouxe para vocês. Será que vocês conhecem todas?
    BEAUTY AND THE BEAST

    Sinopse:  A narrativa da Bela e da Fera é recontada pelas lentes de uma série policial, que acompanha o cotidiano da detetive Catherine Chandler (interpretada por Kristin Kreuk, de Smallville), uma mulher que viu sua mãe ser assassinada e teve sua vida salva por uma fera misteriosa.  Investigando seu antigo benfeitor, ela descobre que ele é um médico que todos pensam ter morrido, mas na verdade, está vivo e precisa lidar com um grande segredo: ele vira uma fera incontrolável quando está com raiva. Ela promete guardar seu segredo, enquanto ele a ajudar na investigação do assassinato de sua mãe — e a química entre os dois os aproxima cada vez mais de maneira irresistível e perigosa.

    THE CARRIE DIARIES

    Sinopse:  The Carrie Diaries contará a história da juventude de Carrie Bradshaw (AnnaSophia Robb) durante os anos de 1980 – sua vida no colégio, suas dúvidas sobre amor, sexo, amizade e família, ainda quando morava em sua cidade natal, antes de ir para Nova York. A série é baseada nos livros de Candance Bushnell.

    2 BROKE GIRLS

    Sinopse:  Max é uma garçonete esforçada, da classe trabalhadora, que sempre está no vermelho em relação às finanças. Já Caroline é uma ex-socialite que perdeu toda a fortuna e precisa de dinheiro para viver, tornando-se garçonete na mesma lanchonete que Max. Apesar de tão diferentes, as duas jovens começam uma amizade e, juntas, pretendem lançar uma empresa para venda de cupcakes. Ao final de cada episódio, você confere o total de dinheiro guardado pelas garotas para atingir seu objetivo.

    GO ON

    Sinopse:  Criada por Scott Silveri, produtor de “Friends”, o programa segue Ryan (Perry), um famoso locutor esportivo ainda devastado por uma perda. Para superar o problema, ele acaba obrigado pelo seu chefe Steven (John Cho, o atual Sr. Sulu de Star Trek) a participar de sessões de terapia em grupo. Por lá, Ryan conhece Lauren (Laura Benanti, de “The Playboy Club”), a problemática responsável pelo grupo; Anne (Julie White), uma viúva recente ainda no estágio da raiva; Owen (Tyler James Williams, de “Everybody Hates Chris”), jovem com um irmão em coma; e Yolanda (Suzy Nakamura, de “10 Things I Hate About You”), uma mulher que não aceita o divórcio dos pais.

    GIRLS

    Sinopse:  Criada e estrelada por Lena Dunham, Girls é uma produção da HBO. A história acompanha os altos e baixos de um grupo de jovens mulheres na faixa dos vinte e poucos anos, vivendo em Nova Iorque.Hannah é uma aspirante a escritora que trabalha como editora no SoHo; Marnie é uma assistente de Relações Públicas determinada a trabalhar com questões do meio ambiente; Jessa é uma artista que trabalha como professora, e Shoshanna é a prima que vive com ela.No elenco também estão Jemima Kirke, Allison Williams, Adam Driver e Zosia Mamet.

    Agora quero saber de vocês: conhecem essas séries? Qual vocês acham que eu devo assistir primeiro? Contem pra gente!

  • De bixete à jornalista: parte 1

    Depois de fazer a apresentação da série “De bixete à jornalista” (confira), cá estou eu para a primeira parte. Antes de tudo, vou aproveitar para agradecer a todos que deram sugestões para que eu postasse coisas sobre a faculdade (que, aliás, foi minha inspiração para a série) e, também, a todos que me incentivaram a continuar com a ideia. Do fundo do coração, espero que vocês gostem dos posts. 
    Sem mais blá blá blá, vamos ao que interessa: o começo de tudo.
    A SELEÇÃO
    Fiz o ENEM 2011 sem estudar quase nada. Na verdade, essa é uma mania que tenho desde sempre e que não mudei até hoje. Nunca fui de me atolar nos livros, decorar tudo e fazer as provas. Na verdade, me concentrava na aula e acabava sendo o bastante.
    Mas ENEM era ENEM. Então, umas duas semanas antes da prova, fui na internet e peguei provas dos anos anteriores. Dei uma lida de ponta a ponta e já me entendi com a dificuldade e os assuntos que mais caíam no vestibular. Não me restava mais nada além de chegar no sábado e fazer a prova.
    Para mim, eu tinha ido super mal, principalmente no segundo dia (demorei muito na redação e acabei chutando umas 40 questões que deixei para depois). Fiquei nervosa e até chorei depois. Foram lágrimas de alívio e nervosismo. Mas valeram a pena!
    As notas do ENEM saíram e eu fiquei com uma média boa. Não lembro bem ao certo, mas juntando tudo dava uns 600 e pouco, quase 700. E sabe aqueles minutos a mais que gastei na redação? Eles me renderam 940 pontos (a nota mais alta é 1000!) nela.

    ATUALIZAÇÃO! Me disseram lá no Ask que dava para ver as notas do ENEM ainda. Fui lá no site, entrei com meu CPF e senha (que demorei muito para lembrar qual era) e peguei minhas notas. Olhem só:
    Ciências Humanas e suas Tecnologias – 535.0
    Ciências da Natureza e suas Tecnologias – 566.8
    Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – 574.1
    Matemática e suas Tecnologias – 654.7
    Redação – 940.0
    Média – 654,12

    Passado o ENEM, veio o Prouni. Me inscrevi no programa, fiquei de olho nas notas de corte e fui mudando até achar que estava dentro. Na primeira opção, coloquei Jornalismo diurno e, na segunda, Jornalismo noturno. Os dois cursos na mesma faculdade.
    Eram 3 bolsas oferecidas pela Universidade e passei em primeiro na seleção. Depois foi só ir até lá com toda a papelada que eles pediram e pronto! Já estava matriculada e com a carteirinha de acesso nas mãos.

    Juliana Neves Duarte estava, finalmente, no lugar que sempre desejou estar. 

    Na segunda parte da série, vou falar sobre os primeiros dias de aula, minha turma e coisas do tipo. Não sei se vocês repararam, mas esse post foi bem curtinho. Bom, essa é a ideia, assim não fica chato de ler. Vou tentar resumir ao máximo, deixando tudo o que é importante. Se ficar longo é porque, realmente, tudo ali deveria estar no post.
    Até a próxima!
  • A vida que deixei para trás

    Não há um dia que eu não pense em você. As paredes a minha volta não servem só para me separar do mundo e me punir das besteiras que fiz. Elas também jogam na minha cara como fui idiota em te trocar por uma vida – ou o que eu achava ser uma – miserável e a base de nada. Nada. É… foi só o que me restou.
    A gente se conheceu em uma dessas baladas da vida. Você se aproximou e me pagou uma ou duas bebidas.  Sob o efeito delas, dançamos três ou quatro músicas. E, depois disso, foram cinco ou mais beijos.
    Lá em cima, o DJ cuidava para escolher a música perfeita naquele momento. Não reconheci nenhuma delas e até hoje me pergunto o nome daquela que marcou nosso primeiro beijo. Mesmo assim, é a nossa trilha sonora. Seja lá o que as letras significavam (você sabe que eu nunca fui boa em inglês).
    Depois disso, o tempo passou voando. Anel. Buquê. Vestido branco. Nove meses. Choros altos. Noites em claro. Mais dois pares de olhos brilhantes na casa.
    E agora, tudo o que eu queria era voltar, novamente, àquele nosso primeiro encontro.
    Eu só queria seu novo endereço ou número de celular. Queria te contar como as coisas desandaram por aqui.
    Você se foi. Levou junto meu coração, meus planos e uma parte grande de mim: nossa filha. Ainda escuto os choros dela em meus pesadelos injustos. Perdi você, perdi a dona dos olhos mais brilhantes que já vi e, principalmente, perdi a mim.
    Troquei nossa vida por um cigarro ou dois. Depois, troquei os cigarros por coisas mais fortes. De repente, eles viraram minha vida. Hoje entendo como fui idiota. Só queria te ter como destinatário para contar o que mudou.
    Já faz tempo que estou limpa. Limpa de tudo e, talvez, até do coração. Acho que o vendi por um pouco de alguma droga. Mas sei que você tem uma cópia perfeita dele. Volta pra mim e me ensina a viver de novo? Por favor.
    Sem vocês, não vejo sentido ter um futuro. Estou pronta para deixar este quarto e me aventurar a viver – de verdade, desta vez. Vem me buscar. Você sabe meu endereço, meu nome e até meu RG. 
    Vem e devolve nossa vida antes que eu desista da minha.