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  • 25 coisas que eu aprendi antes dos 25 anos

    Domingo (16) é meu aniversário. Daqui a algumas horas, vou completar 25 anos e passar meses errando minha nova idade. Não sei se estou ansiosa para ter uma velinha a mais no bolo. Mas, enquanto esse momento não chega, nada melhor do que olhar para o ano que passou e lembrar de tudo que aprendi. Aliás… Que ano, hein?

    Como sempre faço, mas nem sempre divulgo no blog, criei uma lista de coisas que aprendi antes de completar a próxima idade. É um hábito muito importante para você refletir sobre o que aconteceu nos últimos 12 meses. Além de rever o que mudou (lá fora ou aí dentro), é um exercício bem eficaz para mostrar que, mesmo nos momentos mais simples, a gente tá sempre aprendendo algo novo. Ainda bem.

    1- Juntar dinheiro não é um monstro de sete cabeças. Na verdade, é mais fácil do que eu jamais poderia imaginar.

    2- Viajar é a experiência mais libertadora e enriquecedora que existe.

    3- Mas nada como voltar para casa.

    4- Não é só amor que faz um relacionamento dar certo.

    5- Não ter amigos é uma merda, mas ainda é melhor do que estar rodeada de pessoas tóxicas.

    6- Ter torneira quente em todas as pias de casa faz uma puta diferença. Sério.

    7- Nem todo mundo é o que diz ser. Nem na internet, nem na vida real. A verdade é que as pessoas só mostram a parcela que elas querem mostrar.

    8- Não sou tão ruim em inglês quanto pensava. Acho que, em um geral, não sou tão ruim nas coisas quanto eu pensava.

    9- Nada vale minha saúde mental, nem mesmo dinheiro.

    10- Fazer amizades é difícil demais. Manter, então…

    11- Ser tia é incrível e receber amor de uma criança é uma das formas mais eficazes de melhorar o dia.

    12- O pior do frio é o vento gelado.

    13- Organização é a engrenagem para tudo funcionar.

    14- Planejar uma viagem é uma tarefa que exige muita paciência. Muita mesmo.

    15- O metrô de New York cheira a xixi e a Estátua da Liberdade é menor do que eu imaginava, o que me fez pensar quais serão as minhas “expectativas x realidades” em outras cidades famosas.

    16- Conhecer novas culturas é sensacional, principalmente para fazer questionar a sua própria.

    17- Às vezes, ter um momento a sós comigo mesma é mais que necessário.

    18- Se eu não curto o que estou fazendo, nunca vou me envolver 100%. E as pessoas percebem.

    19- Cuidar da pele é um hábito essencial e que eu deveria ter começado mais cedo.

    20- Nada como o tempo para curar as feridas – e não adianta apressar as coisas.

    21- Dar uma pausa na rotina e repensar sobre a vida é preciso. Principalmente quando não sei o que quero fazer com a minha vida.

    22- Estudar é mais que necessário e eu não lembrava o quanto curtia aprender coisas novas (em sala de aula mesmo).

    23- Eu subestimo demais o que eu faço. Deveria ter mais autoconfiança.

    24- Cada pessoa tem seu plano de vida e nem sempre os modelos dos outros se encaixam pra mim. E tá tudo certo.

    25- O mundo é grande demais e, quando percebi isso, meu olhar sobre a vida mudou. Talvez tenha sido meu maior e melhor aprendizados dos últimos tempos.

    Ufa! Foi difícil preencher 25 aprendizados do último ano, principalmente porque aconteceu muita coisa na minha vida nos 12 meses que se passaram! Tenho certeza que esqueci alguns itens, mas tudo bem. A essência está todinha aí 😉

    Aproveita para compartilhar aqui comigo: quais foram os seus aprendizados durante os últimos meses? Deixe nos comentários!

  • Primeiro dia de aula na faculdade: 10 dicas para você tirar de letra!

    Primeiro dia de aula na faculdade

    Se tem uma coisa que dá medo é primeiro dia de aula na faculdade, né? Depois de anos “acostumados” à escola, é a vez de ter algo novo, diferente e, claro, assustador. Afinal, como vão ser os dias de estudo? Eu vou fazer amigos? Será que os professores são ruins?

    Eu já passei por isso e, acredite, você precisa ter calma antes de tudo. Da mesma forma que aconteceu com a escola, daqui há um tempo, você vai se acostumar à nova rotina. O primeiro dia de aula na faculdade pode parecer um bicho de sete cabeças. Mas não é!

    Como muitos leitores me pedem para continuar com posts sobre o tema, quis reunir 10 dicas para seu primeiro dia de aula na faculdade. É uma forma de trazer um pouco de alívio pra sua mente e, também, te mostrar que não é tão difícil assim. Acredite 😉

    Como sobreviver ao primeiro dia de aula na faculdade?

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    1- Acorde cedo

    OK! Sei que você ~provavelmente~ não vai conseguir dormir à noite por conta da ansiedade, mas tente não se atrasar. Acordar um pouco mais cedo no seu primeiro dia de aula na faculdade é bom porque, assim, você pode fazer tudo com calma. Ou seja: tomar um bom café da manhã, escolher o look, tomar um banho relaxante… E, se você também é um mero mortal que depende de transporte público, pode ter noção de qual horário você vai precisar pegar o ônibus todo dia. Assim, não se atrasa, né?

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    2- Vá com uma roupa confortável

    Sei que você quer chegar arrasando no seu primeiro dia de aula na faculdade, mas opte sempre por um look confortável! Nesses momentos de ~tensão~, você precisa ficar relaxado. Claro que dá para ficar confortável e estilosa ao mesmo tempo. Mas, se precisar escolher, opte sempre pelo conforto!

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    3- Esqueça o peso

    Não adianta levar um milhão de livros, equipamentos e materiais no seu primeiro dia de aula na faculdade. Acredite: nada, ou quase nada, será usado. Geralmente, nesse momento, o coordenador do curso vai mostrar as dependências do local, quais aulas você terá na semana, entre outros. Então, poupe a coluna!

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    4- Leve um lanchinho

    Já que é seu primeiro dia de aula na faculdade, acredito que ainda não conhece bem o local, o que tem por perto… E, muito menos, sabe se vai ter algum tempo para comprar comida, né? Por isso, leve um lanchinho de casa! Pode ser um sanduíche simples, ou um pacote de bolachinhas. O importante é que o alimento não estrague e te deixe bem alimentado.

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    5- Não sinta medo do trote

    Um dos maiores medos dos calouros é o trote. Eu, por exemplo, não sofri porque não havia classe veterana no meu período (sorte! haha). Mas, caso aconteça com você, saiba que não é obrigado a nada, viu? Se não quiser participar ou topar e ver que a coisa está ficando além do seu limite, saia. Você pode até falar com a coordenação da universidade se perceber que ficou muito violento ou algo assim.

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    6- Pegue uma lista das salas de aula 

    Geralmente, os alunos são ~nômades~ na universidade. Ou seja: a dinâmica é diferente da escola, onde ficamos o dia inteiro em uma mesma sala, sabe? Cada disciplina pode ser ensinada em uma classe distinta, por isso é importante você checar isso logo no primeiro dia de aula. Veja com o coordenador do curso qual será a grade, onde ficam as salas e tudo isso. Assim você evita de entrar no lugar errado ou chegar atrasado porque ficou procurando a tal sala!

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    7- Não fique tímido

    Todo mundo ali, ou pelo menos a maioria, está passando pelo mesmo que você: medo, ansiedade, nervosismo… Então, não seja tímido. Tente puxar conversa com seus colegas, conversar sobre algo que você gosta ou até fazer um comentário. Em uma dessas, você já arranja um amigo para dividir esse dia juntos.

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    8- Conheça a faculdade

    Se o coordenador ou o professor não mostrar as dependências da universidade, tente fazer isso logo que a “aula” acabar. É muito importante você saber onde ficam locais importantes, como sanitários, escadas, elevadores, secretarias… Assim, em uma emergência, não há como se perder 😉

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    9- Não se cobre tanto

    Todo mundo ali está passando por seu primeiro dia de aula na faculdade. Então, não se cobre tanto! Pense que ali ninguém te conhece, é como uma folha em branco onde é possível escrever uma nova história. Você pode ser diferente, pode se reinventar e pode testar coisas que sempre quis. Não precisa se cobrar de ser o mais legal, o mais inteligente ou o mais estiloso. O que nos leva a próxima dica…

    Dicas para primeiro dia de aula na faculdade

    10- Seja você mesmo!

    Ali todos são novos. Você pode ser você mesmo, escrever uma nova história, recomeçar. Caso sinta que precisa fazer algo, falar com alguém, faça! É uma chance de você ser e fazer o que sempre quis. Não se prive disso! Promete?

    Eu espero muito que essas dicas te ajudem! Reuni as que acho mais importantes para te ajudar nesse momento tão estranho (?), diferente e cheio de novas oportunidades. Aproveite esse dia: você conseguiu seu espaço ali. E isso ninguém pode te tirar!

    Agora quero saber de vocês: curtiram as dicas para seu primeiro dia de aula na faculdade? Aos veteranos: o que mais podemos adicionar para ajudar os calouros? Comentem aí!

  • Me espera?

    Quebro a unha do dedão enquanto, da cozinha, o cheiro de comida fica cada vez mais forte. É a primeira vez, em dias, meses ou sei lá quanto tempo, que eu sinto algum tipo de paz – se é que posso chamar assim – emocional. No meu telefone, nenhuma mensagem no Whatsapp. Até os grupos silenciaram. O único barulho, de fato, é da minha playlist de músicas favoritas do mês no Spotify.

    Minha perna está trêmula – de frio, de angústia, sei lá. Uma brisa entrou pela janela, fazendo minha pele ficar arrepiada. De fundo, alguma música toca mas nem sei muito bem o que diz. Eu abri um documento em branco querendo escrever. E tentar, pelo menos um pouquinho, tirar de mim o que tanto ocupa meus pensamentos.

    Há alguns dias, eu tive uma crise. Não sei se foi a primeira, porque, na verdade, eu nunca parei para pensar nisso. Mas essa foi, com certeza, uma crise. Do tipo que a gente dá esse nome, mesmo. Não do tipo que a gente acha que é. Porque foi.

    Veio tudo de uma vez só. E doeu. Doeu cada pedacinho de mim – mental e fisicamente. Foram várias pontadas ao mesmo tempo. De vários lados. Algumas, nem vi de onde chegaram. Senti todos os membros do meu corpo pararem de me obedecer. Minha perna estava inquieta. Minha respiração estava acelerada. Meu coração, então, nem digo.

    É difícil pensar quando estou passando por um turbilhão de pensamentos, de emoções e vivências. Eu estou perdida. E, desta vez, é real oficial. Sem mapa, sem GPS e sem internet para pesquisar minha localização. Não faço ideia se vou para a direita, para a esquerda, se dou dois passos a frente ou para trás. Ou se fico parada, por aqui mesmo, esperando alguma coisa.

    Que eu também não sei o que é.

    Eu ainda estou aqui, tentando entender quem eu sou. Querendo saber qual é essa versão que me encontro. Se é um período de transição, eu não sei. Só sei que não consigo aguentar muito mais. A próxima porta ainda está fechada e não faço ideia onde encontro a chave.

    Nem sei se é a porta certa, para dizer a verdade.

    É um caos só. A vida fez questão de me jogar aqui. Ou fui eu mesma que parei nesse lugar. Não sei. Essa tem sido minha frase: não sei. E, de verdade, eu não sei.

    Não me reconheço no espelho. Faz tempo que não uso um batom para sair. Passar um delineador no dia-a-dia se tornou uma realidade distante. Minha necessaire de maquiagem está quase deixada de lado – só abro o zíper para utilizar o desodorante, a escova e a pasta de dentes. Queria saber o que acontece, mas não consigo.

    Só sei que, aos poucos, eu estou ainda mais distante do que desejava ser. Do que era. Estou perdendo tanto tempo fazendo o que não quero, o que não gosto. Onde ficaram aqueles momentos livres para ser e fazer, simplesmente, o que eu sentia prazer?

    Sinto que estou perdendo até quem está ao meu lado, e isso dói. Dói porque minha confusão se estende para aqueles que andam junto comigo. Dói porque eu não escolhi passar por tudo isso. Dói porque eu sinto que, cada vez mais, estou perdendo cada um deles.

    Enquanto tento me entender, eles tentam me acompanhar. Mas não é fácil. Eu sei disso. Tenho medo de, no meio dessa tempestade de confusão, sentimentos e dúvidas, eles desistam. Eles se esqueçam do que está por trás dessa confusão toda. Pelo menos, em algum lugar por aqui, mesmo que perdida: eu. Aquele eu que eu ainda não reencontrei, mas sei que vou em algum momento. E resolver. Seja lá o que seja preciso resolver e seja lá o que isso signifique, de fato.

    É como diz, num timing perfeito, a música da minha playlist que toca agora: Tenta me reconhecer no temporal, me espera. Eu ainda estou aqui. É pedir muito?

  • 23 coisas que aprendi aos 22 anos

    Oi, tudo bem?

    Esse é um post bastante diferente dos que eu faço no blog. Isso porque hoje é um dia diferente. Se você é novo aqui ou não me conhece direito, prazer! Hoje, 16 de junho, eu completo 23 anos (aproveita e deixa seus parabéns nos comentários porque eu amo receber mensagens fofas <3).

    Eu adoro aniversários. Não só da festa em si, mas de tudo que esses dias representam. Sempre faço promessas, tento me renovar e, dali pra frente, fazer o que quero fazer. E, esses dias, me peguei pensando em tudo que mudou aos 22 anos. Ou melhor: tudo que eu aprendi aos 22 anos.

    Foram tantas coisas que eu só não poderia deixá-las de fora  e pensei em fazer esta lista aqui no blog. Por isso, espero que vocês curtam e tentem aprender algo comigo, também. E claro: compartilhar o que vocês aprenderam neste ano, mesmo que não seja seu aniversário. Adoro compartilhar experiências, principalmente aquelas que nos fazem crescer <3

    1- Nem tudo são flores

    A vida não é perfeita. Eu já sabia, mas isso ficou mais claro para mim neste ano. Tive muitos momentos complicados, como desemprego, saudade de fazer o que gosto, dificuldades para aceitar algumas coisas… Mas entendi que a vida, mesmo nossa, nem sempre será dirigida por nós. O roteiro que imaginamos dificilmente será seguido. Se isso é bom? Ainda estou tentando descobrir.

    2- Experiências novas são importantes

    Eu não fiz algo muito excêntrico aos 22 anos, mas as novas experiências me mostraram que sair um pouco do comum é essencial – mesmo que por coisinhas simples. Nesse tempo, eu deixei o cabelo crescer, fui a um restaurante chique, experimentei grand gateau, bebi caipiroska de limão, fiz ombré hair, me tornei tia, experimentei comidinhas saudáveis (e adorei), frequentei a academia, comecei a escutar Ed Sheeran, completei uma prova de 10km e até me permiti comprar um tênis de uma marca mais cara. Nós precisamos de momentos assim: novos. Mesmo que custe um pouco mais (de tempo ou de dinheiro), vale a pena! Permita-se viver novas experiências 😉

    3-  Existe um exercício físico para cada um

    Calma! Não virei blogueira fitness. O que quero dizer é que todo mundo pode sair do sedentarismo e fazer uma atividade física legal. Por alguns meses, eu fiz musculação e até gostei. Mas não tinha aquele prazer, sabem? Então, mudei para o fitdance e não poderia estar mais feliz. Eu adoro dançar, até consigo fazer uns passos de funk e, quando falto nas aulas, me sinto mal. Quem diria?

    4- As coisas acontecem lá fora

    Nem tudo acontece no seu quadrado. As oportunidades estão por aí, mas elas não se resumem a sua cidade ou estado. Aos 22 anos, eu vivi muitas experiências incríveis que estavam em locais diferentes. Além de conhecer um espaço novo, ainda ampliei meus horizontes!

    5- Pessoas faltas são péssimas, mas temos que aprender a conviver com elas

    O mundo não é colorido, lindo e perfeito. E a gente só entende isso quando saímos de casa e nos jogamos na vida. Infelizmente, muitas pessoas falsas vão passar por nós. Outras vão ficar. Algumas nós teremos que conviver todos os dias. E elas vão tentar te derrubar – seja por não gostarem de você ou simplesmente para se protegerem. Não importa o quão bom você seja. É uma bosta, mas é o mundo real.

    6- Amigo x colega

    Lembra quando seus pais diziam que você pode contar os amigos de verdade nos dedos? Pois é. Aos 22 anos, eu consegui entender quem estava ali para qualquer coisa e quem estava comigo só por estar. Também percebi que alguns vão te deixar de lado sem mais nem menos, não importa o quanto você corra atrás. Fazer o quê?

    7- Arriscar-se é essencial

    A gente não pode viver em nossa zona de conforto para sempre. É importante se arriscar! Foi aos 22 anos que, junto com dois colegas, eu me joguei em novos projetos, como a BS Comunica. Nossa agência está no comecinho, mas tenho certeza que vamos alcançar muitos objetivos!

    8- Fazer o que não te faz feliz é horrível

    Quando nós não gostamos do que fazemos, tudo desmorona e as consequências são péssimas. Estar bem consigo mesmo é essencial. Ah, e não existe dinheiro que substitua isso.

    9- Quando algo não está bem, mude a direção

    Pode ser fisicamente, profissionalmente ou pessoalmente… O importante é tentar encontrar um novo caminho para aquilo dar certo. Afinal, a gente só vive uma vez. E temos que tentar ser feliz, certo? Eu mudei muitas coisas aos 22 anos (o cabelo, as oportunidades, várias coisas). E vou continuar até chegar na minha fórmula ideal!

    10- Quando seu trabalho é bem feito, você é reconhecido

    Todos nós temos um talento, mesmo que, às vezes, alguém nos faça duvidar disso. E eu percebi o que faço bem pelas recompensas que recebo por isso. Quando alguém elogia um texto, ou me envia um presente, ou comenta em um post meu… É assim que percebo que estou no caminho que me faz bem!

    11- Quem te ama de verdade está sempre ao seu lado

    Seja nos momentos bons ou ruins!

    12- Exerça a empatia

    Todos nós temos problemas. E nós precisamos saber disso! Quando ignoramos esse fato, acabamos depositando nos ombros do outro muito mais do que ele pode aguentar.

    13- Sinceridade é a chave de tudo

    Nós só conseguimos entender o outro e nos entender quando conversamos sobre. E isso inclui falar com seu amigo, companheiro e até mesmo um terapeuta.

    14- Poupar não é impossível

    Eu sempre achei que nunca ia conseguir guardar dinheiro. E não é que tentei e deu certo? Consegui economizar uma boa grana e, se tudo der certo, estarei com minha câmera nas mãos logo. Ai que ansiedade <3

    15- Experiências ruins acontecem

    No começo do ano, Gui e eu passamos por um momento muito ruim e difícil. Isso me ensinou que, por melhor que sua vida esteja, ela pode mudar em um minuto. E também aprendemos que recomeçar não é impossível.

    16- Novas amizades são bem-vindas

    Olha, confesso que é muito mais difícil fazer amizades aos 22 anos. Mas não podemos ignorar as pessoas novas que aparecem em nossas vidas. Às vezes, conhecemos alguém incrível em uma conversa rápida ou em uma chance que temos. Por que não tentar, né?

    17- Fazer o bem sem olhar a quem

    Aos 22 anos, eu fiz algumas ações beneficentes que encheram meu coração de felicidade. Primeiro, fiz duas sacolinhas de presentes de Natal para crianças carentes. Também foi nessa idade que doei meu cabelo quando cortei. Fazer boas ações devem se tornar hábito, porque ajudar nunca é demais.

    18- Nem tudo é como nas redes sociais

    Por trás desse mundo, existem muitas pessoas incríveis além do feed do Instagram. E também há muitos momentos que não são tão perfeitos quanto uma foto. O importante é aproveitar o mundo offline, independentemente do que será postado depois.

    19- Lugares tóxicos não devem ser subestimados 

    Não adianta se forçar a ficar em ambientes que te fazem mal. E se sentir dessa forma não é culpa sua! Nós temos que entender que alguns locais são tóxicos para nossa saúde. E, principalmente, aprender a se libertar deles (vale o mesmo para pessoas, tá?).

    20- A vida adulta se aproxima…

    Aos 22 anos, algumas partes da vida adulta começam a pesar. Já é hora de pagar suas contas, se organizar para conseguir um espacinho só seu e até ir a reuniões importantes.

    21- …Mas você não é tão velho quanto acha ser

    Não é porque a vida adulta está mais “intensa” que você deve se sentir velho. Eu, por exemplo, achei que estava ficando para trás (e com 22 anos)! Todos os dias, pessoas mais novas que eu compartilhavam suas conquistas na internet, como carro novo, um apartamento ou até viagens, enquanto eu mal conseguia pagar a fatura do cartão. Isso significa que estou velha? Não. Mas demorei muito para entender isso.

    22-  Amadurecer é preciso

    E digo em todos os aspectos da vida, principalmente emocional.

    23- É necessário levar a vida de forma mais leve

    Já não tenho mais paciência para coisas complexas, sabem? Quero só viver a vida de forma mais natural, sem tantas complicações. Sem deixar tudo acontecer no automático, mas sem encrencar com o que está fora do meu alcance. É difícil? Sim. Mas seguimos tentando!

    Agora quero saber de vocês: curtiram o post? O que aprenderam no último ano? Comentem aí!

  • Nossas folhas em branco

    Eu queria voltar naquele primeiro momento em que nossos olhares tímidos se cruzaram. Quando não havia muito de mim em você, nem de você em mim. Naquele instante quando eu não sabia se te abraçava ou se ficava quieta. Quando éramos duas folhas em branco, prontas para serem escritas. Naquele momento posterior quando senti segurança para chegar mais perto – e que cheguei mais perto. Quando a gente sentou frente ao pôr-do-sol e eu jurei que seria assim para sempre. Fácil, leve, autêntico.

    Juntos, nós começamos a usar as folhas em branco. Escrevemos, desenhamos, rabiscamos. Relatamos nosso diário. Registramos nossas memórias por meio de frases, fotos e canções. Vivemos várias primeiras vezes juntos. Criamos lembranças que existem só para nós. Outras que também existem por aí: em cadernos, em imagens, em textos, na internet, nas interações.

    Eu queria voltar no tempo. Sabe, quando eu era só uma folha em branco. Sem marcas, sem rasuras, sem amassados. Sem rabiscos vermelhos, pretos e azuis. Sem pedaços faltando. Queria ser uma folha limpa, inteira, pronta para ser escrita de novo. Renovada. Sem precisar procurar espacinhos ainda em branco para escrever.

    Sem ter o trabalho para pensar em que espaço escrever.

    A vida tratou de mudar muitas coisas. Deixou marcas. A maioria delas, eternas. Umas, invisíveis. Outras, nem tanto. Algumas eu guardo dentro de mim. Mas há aquelas por aí, me mostrando memórias que eu gostaria de evitar. Que eu gostaria de voltar no tempo e, pelo menos, tentar fazer diferente.

    Que eu gostaria que não existissem.

    Não sei se temos prazo de validade. Se vamos nos transformar em outras folhas em branco, prontas para serem escritas, ou se teremos que conviver com as rasuras. Não sei se consigo passar um corretivo por cima e esperar que o líquido seque. Não sei se consigo arriscar que, no futuro, ele se desfaça, me lembrando de tudo novamente.

    E eu não sei se consigo passar por mais rasuras. Não quando, todos os dias, cada pedaço da minha folha vai ser amassada. De novo. De novo. De novo.

    E de novo.

    Sinto que há uma tatuagem com o nome de um ex em mim. Daquelas que a gente evita olhar, mas sabe que está ali – marcando a pele, machucando, nos lembrando de tudo. Fazendo-nos reviver na memória tudo o que aconteceu a cada vez que nosso olhar capta aquela marca. Está no sangue. Em nós. A gente esconde, tampa com a blusa, mas está ali. Evitar não ajuda. Apagar dói. Mas é preciso.

    E eu não sei se quero passar pelas sessões.

    Gostaria que fosse diferente. Que a gente voltasse lá no começo e fizesse tudo de novo. Sem precisar viver alguns momentos, evitando outros. Que eu pudesse estar mais inserida em você, pelo menos da forma que você está em mim. Que nós fossemos mais flores, mais doces e momentos. Mais fáceis. Mais aqueles dois que, lá no começo, começaram a se encontrar.

    Hoje não. Hoje estou perdida. Confusa. Mas preciso sair do cruzamento.

    Só não sei quando. Nem como.

  • Por que eu decidi viver mais leve de agora em diante

    Por que resolvi viver mais leve?

    Acho que fiquei velha. Aquelas coisas complicadas, aquelas tempestades em copo d’água e aquelas confusões infinitas que vivia na adolescência já não me chamam mais atenção. Não que antes me seduzissem de alguma forma. Mas era algo que eu não queria controlar. Sabe aquele filme de ação que a gente assiste esperando, bem, a ação? Eu não tinha vontade de evitar essa parte da vida. Então todos os conflitos vividos não tinham um pingo de tentativa para não existirem. Eu estava passando por uma fase onde tudo era pesado demais. Até viver dentro de mim. Viver mais leve foi uma escolha que eu fiz mas que, talvez, amanhã tudo mude.

    Acontece. É a vida.

    Mas a minha realidade é que eu não quero que isso seja diferente. Estou tentando, e sempre mais, viver mais leve. Não que eu tenha deixado as coisas importantes de lado. Só deixei de transformar em algo enorme aquelas que não fazem tanta diferença.

    Tudo que eu quero é uma vida fácil. O máximo possível. Sei que nada é tão simples quanto queremos, mas por que dificultar ainda mais? Eu estava em um tornado de emoções, onde tudo era muito intenso. Qualquer coisa era demais. E aí eu estava transbordando demais. Não de uma forma boa, mas de uma forma cansativa.

    As coisas que eu mais prezava estavam transbordando junto. Eu não tive opção de escolher o que eu queria jogar fora. Dentro de mim, toda aquela intensidade não me deixava optar.  Então, me vi em uma fase da vida onde tudo era muito complexo. Desde me arrumar até coisas bobas no relacionamento. Eu me vi sozinha, cheia de problemas pequenos que se tornaram enormes e com minha saúde mental abalada. Muito.

    Eu poderia ter me deixado no nada. Poderia ter caído nesse mar turbulento e continuar transbordando. Porém, resolvi viver mais leve. Tudo que eu quero hoje é simplicidade. Sei que a vida não é perfeita. Muito menos fácil. Mas por que complicar ainda mais o que já é complicado?

    Entenda: eu continuo lutando pelos meus ideais. Continuo achando ruim o que considero errado. Eu só quero dar a proporção correta para as coisas. Não transformar em um problema nível 10 o que é um problema nível 2. Não considerar uma onda como se fosse um tsunami.

    Viver mais leve é uma atividade diária, que exige muito de mim. Talvez eu transborde um dia. Talvez eu me exceda um pouco em algum momento. Mas eu me propus a tentar. Propus que vou conseguir. É uma batalha diária me convencer que exagerei em algo. Principalmente com meu ascendente em Peixes.

    Mas eu garanto: tem sido mais fácil assim. Viver mais leve, sabe? Tratar cada problema com seu respectivo tamanho. Não considerar o fim do mundo quando há um túnel bem iluminado à direita. Não achar que estou trancada se a chave se encontra em cima da cômoda. Nem aumentar algo que eu posso resolver com algumas lágrimas, noites em claro e discussões a menos.

    O que eu quero com esse texto? Só dizer que você pode conseguir, também. Não perca sua vida aumentando tudo. Não estrague sua saúde com problemas que podem ser resolvidos em dois minutos. Não guarde coisas ruins. Conserve aquelas boas, sabe? Sei que é difícil e não se trata de ser exagerada. Mas, sim, de ser intensa.

    Seja intensa no que importa. No que te faz bem. Quando sua intensidade aumentar algo que vai te magoar ou te tirar boas horas de sono, deixe-a de lado. Viver mais leve pode ser complicado, mas é ótimo chegar no fim do mês com sua cabeça tranquila. Ou o mais próximo disso.

    E lembre-se: viver mais leve não é aceitar qualquer coisa. Nem deixar de brigar pelo que você acredita só para não esquentar sua cabeça. Mas, sim, tratar cada momento, problema e sensação por seu respectivo tamanho. Não tratar como 13 MP o que é um VGA – nem vice-versa, combinado?

  • E se tudo fosse diferente?

    Blogueira Juliana Duarte

    Você já parou para pensar onde estaria ou como seria se tivesse alterado alguma coisa em sua vida? Talvez trocado de rua na volta da escola ou ter entrado em um ônibus que você perdeu. Ou, quem sabe, não ter sido chamada para aquele seu primeiro emprego. Pense em quantas coisas, mesmo que pequenas, poderiam ter sido diferentes se você tivesse feito outra escolha.

    Louco, né?

    Tudo isso começou após meu pai dizer que, se pudesse, teria mudado de país assim que saiu do emprego. Imaginei como seria nascer em um lugar diferente. Mesmo que ele se mudasse para outra cidade, as coisas poderiam ser outras. Será que eu me atreveria a criar um blog para falar sobre meus sentimentos? Será que eu seria menos tímida? Será que, a esta hora, estaria fazendo outra coisa?

    É muito para considerar.

    De primeira, imaginei minha vida sem as pessoas que amo. Sem meu namorado para animar meus dias e conversar sobre tudo comigo. Sem minha amiga para papear desde coisas loucas até Demi Lovato, Taylor Swift e How I Met Your Mother. Sem a Branquinha, cadela que adotou meus pais e eu como família. Sem meus colegas da faculdade, que foram essenciais nos quatro anos de curso. Sem meus amigos de infância, que cresceram comigo.

    Talvez, até, eu estivesse fazendo outra coisa da vida. Exatas, quem sabe?

    Tudo o que sou eu devo às minhas escolhas. Foi porque comecei a escrever no blog que me interessei pelo Jornalismo. Se meu primeiro espaço na internet não existisse, ou se eu não dedicasse tanto tempo ao computador, talvez tivesse escolhido outra profissão. Outra área. Se isso acontecesse, não iria conhecer meu namorado ou os amigos que fiz no período do curso. Se eu não tivesse saído do primeiro emprego para me aventurar em um estágio, talvez não conhecesse tanto da área como conheci na assessoria. Se eu gostasse muito de lá, provavelmente não conversaria tanto com o estagiário de comunicação (agora namorado) do outro departamento para me ajudar a trocar de local. E, aí, não teríamos uma história de amor para contar.

    Eu poderia ter feito um caminho diferente, em qualquer dia aleatório, e ter conhecido alguém que mudaria minha vida. Para o bem ou para o mal. Poderia ter acontecido algo que me marcaria para sempre. Ou poderia ter sido alguém diferente, com pensamentos distintos, outros ideais e outra personalidade.

    Não dá para saber.

    Não sei o motivo de escrever tudo isso. Mas, se esse texto serviu para algo, foi para me mostrar que cada minuto foi importante na minha vida. Que não me arrependo do que fiz ou não fiz. Que não mudaria um ponto sequer.

    Afinal, se isso acontecesse, talvez tudo fosse diferente. Eu não estaria vivendo minha melhor fase, com tantas pessoas que amo perto de mim. Não estaria vivendo a melhor história de amor que já conheci. Se minha vida não fosse do jeitinho que é hoje, não teria graça. Gosto dela assim. De cada detalhe. De cada vírgula e ponto final que usei para escrevê-la.

    Que venham outros parágrafos, então. Com a certeza de que, cada vez que pegar a caneta, estarei escrevendo muito mais que o agora. Mas, também, um pedacinho do futuro.

  • Só mais um texto escrito em dias ruins

    A vida é um pé no saco quando nada dá certo. Os textos da faculdade saem uma bosta, o trabalho não dá mais tesão e as lágrimas se tornam tão rebeldes que decidem abandonar o lar. Eu poderia até resumir todo esse momento em três letras se meu período não estivesse tão longe de acontecer. É foda, eu sei. 

    Nunca disseram que a vida seguiria no modo easy, mas me senti abandonada por não receber o manual. Jogaram o controle na minha mão e não se preocuparam em me passar as funções de cada botão. Entrei sem querer em um jogo mais complicado que aquelas equações chatas de Matemática do Ensino Médio. E não sei nem por onde começar a resolvê-lo.
    O jeito é fazer o de sempre: apertar todos os botões juntos e torcer para ativar algum poder especial. Sabe, nem precisa ser muito longo. Aceito, de bom grado, só algo que distraia as coisas ruins por alguns segundinhos. Pelo menos o suficiente para recompor minhas forças e seguir na próxima fase.
    Talvez seja só drama ou um momento ruim. Um jeitinho da vida ensinar que tudo tem seu lado bom. Disseram que o importante é não desanimar e continuar tentando. Treinar sozinho as partes do jogo enquanto não se sente preparado para enfrentar o chefão. Passar a madrugada inteira procurando sair daquela fase e sentir que, mais que dedos doloridos, você adquiriu forças e macetes. Entre erros e acertos, descobrir que o amarelo e o azul podem te ajudar a passar por aquele obstáculo. Ou que uma combinação diferente de botões é ainda melhor que um só.

    Só não seja egoísta e não queira fazer tudo sozinho. Tenha controles extras e permita que outras pessoas te ajudem. O mérito não precisa só seu, você pode dividi-lo com quem você ama. Uma coisa eu aprendi nesses últimos tempos e levo como lição: em grupo fica bem mais fácil, gostoso e divertido. Vai por mim.

    O que vale é lembrar que sempre haverá um amanhã. O jogo continuará ali, só te esperando tentar de novo. As fases são inúmeras e você só vai conhecer a última no tempo certo. Enquanto isso, paciência e controle na mão. A vida te espera para tentar um pouquinho mais. Sem desânimo, tá? Quando chegar lá, vai ver o quanto valeu a pena. Sempre vale, afinal.

  • Duas décadas

    Espero que esse período que marca o dia 16 de junho de 2013 até o dia 16 de junho de 2014 seja cheio de emoções, momentos inspiradores e sorrisos. Que seja cheio de tudo um pouco. Mas que, principalmente, seja cheio de amor. E sorrisos. Gosto deles (principalmente quando se tornam o motivo do outro).


    E que, especialmente, os 19 possam ser cheios de… Surpresas (na maioria, boas, por favor). Deixa o destino me surpreender. Vamos aguardar os próximos capítulos da próxima temporada. E para matar a saudade, relembrar os melhores da anterior…
    Foi dessa forma que, há um ano, eu terminei o meu post de aniversário (link). Vocês devem estar se perguntando o motivo de abrir este texto desta forma… Bom, eu tenho mania de ler coisas antigas. Elas me inspiram a escrever novas quando não sei sobre o que falar. E também me trazem boas memórias. Mas, desta vez, além disso tudo, senti outra coisinha quando li esses dois parágrafos – algo que nem sei explicar em uma palavra só.
    Vocês, mais que ninguém, sabem o quanto eu adoro escrever. Escrevo sobre tudo um pouco aqui no blog. Entre os assuntos, gosto de escrever meus devaneios e desejos. No dia que escrevi este texto (que publiquei quando completei 19 anos), eu era uma Ju sem expectativas, vivendo cada momento apenas por viver e sem achar que, um dia, a vida me surpreenderia com algo bom. É, Julie. Tenha cuidado com o que você deseja e escreve por aí. Afinal, as coisas se realizam, sabe? 
    Não vou dizer que tudo o que eu desejei se realizou, até porque sonhos vêm e vão todo dia. Mas esse trecho é especial porque, realmente, o período do dia 16 de junho de 2013 a 16 de junho de 2014 foi cheio de emoções, momentos inspiradores e sorrisos. Teve de tudo um pouco, mas as alegrias foram maiores que as tristezas. Ah, e as surpresas… Elas foram tantas! 
    Hoje estou aqui para, antes de tudo, agradecer. Só posso dizer obrigada a tudo. Os 19 foram incríveis e agora estou entrando em uma nova etapa da minha vida. Neste dia 16 de junho eu completo duas décadas de vida e não poderia estar mais realizada. Tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, estudo o que gosto e trabalho na área que escolhi. Só posso desejar que os 20 anos sejam tão incríveis quanto os 19. 
    Como dizem por aí: recordar é viver. E eu, que gosto tanto de ler o que já escrevi, não poderia terminar o post de outra forma, revivendo o que passou para inspirar o futuro que está por vir. Valendo a partir de agora!

    E para não perder o costume: se quiser deixar sua mensagem lá no Twitter ou no Instagram, use a hashtag #Feliz20Julie. Agora, como minha mãe disse: já completei os dedos das mãos e dos pés. A contagem começa  tudo de novo! haha. Feliz aniversário pra mim! <3
  • Borboletas

    Uma vez, li em algum lugar que as borboletas não aparecem em locais poluídos, devido a sensibilidade delas. Na época, lembro que achei mais que certo. Não seria justo colocar um dos seres mais bonitos do planeta em um local tão sujo. Elas merecem um lugar melhor para chamarem de lar.
    Talvez seja assim com o amor, também. Ele está por aí, em um jardim limpinho, cheio de tulipas, rosas e violetas. Em um jardim com cheiro de grama, flores e natureza. Não em um local repleto de gás carbono e tantos outros que desconheço o nome.
    Imagino que nós somos esse local poluído, cheio de partículas ruins e devastadoras. Talvez seja sem querer; ninguém se polui de propósito. Acontece aos poucos, com um cara errado aqui, um que achamos o certo ali e um sapo alá. 
    São beijos roubados com a desculpa de uma embriaguez. Abraços sem carinho e sem braços firmes. Noites em claro com um alguém qualquer. Tudo isso nos contamina um pouquinho mais. Suja. Detona. Devasta. Começa pelo coração e termina na alma. Deixamos de ser um jardim para ser uma metrópole – onde tudo é tão comum que não deixamos nada nos surpreender. Abandonamos as tulipas, as rosas e as violetas. No lugar delas, trazemos aquele tanto de tralha. É, isso mesmo. Tralha.
    E ainda culpamos o amor por não vir.
    O amor é como a borboleta. Ele não quer poluição. É sensível demais. Não vale a pena correr o risco de morrer para tentar salvar o que não quer ser salvo. Não vale a pena jogar algo tão puro em tanta sujeira. Afinal, o amor é tão raro, tão único. E tão pouco. 
    Ficamos por aí, procurando-o em qualquer boca e qualquer coração poluído. Nem nos damos conta que nem sempre nós somos o jardim. As vezes, também somos a cinzenta cidade grande. Talvez, seja só falta de aceitar que o amor é um daqueles hóspedes especiais, que sentimos que precisam e merecem uma casa limpa antes de sua chegada.
    Temos é que dar uma geral no coração, na mente e na alma. Dar espaço no estômago para aquelas famosas borboletas. Deixar a sensibilidade retornar. Não só aquela que nos faz chorar ao ouvir Adele ou ler Nicholas Sparks. Mas, sim, a que nos permite reconhecer que a polução está em nós, não nos outros.
    E deixá-la reconhecer aquele alguém que possui as borboletas para o nosso jardim.